Na coluna de ontem, quando defendi posição do vereador Celso Krämer |(PTB) numa cobrança que faz do governo municipal em divulgar as máquinas compradas com emendas e citar o nome dos deputados autores das emendas, um leitor me questionou: Mas como? Depois de tudo defendes o Krämer? Não é questão de defender nem de atacar. é questão de avaliação de fatos. Sempre deixei claro que discordava de posições, comportamentos e manifestações pontuais do vereador Celso Krämer, mas sem ter nada sistemático ou pessoal contra ele. Está certa sua reivindicação no caso das emendas. E não tenho por que não lhe dar razão.

Para ilustrar este quadro, recupero acontecimentos do passado para mostrar minha forma de conviver com políticos e como acontecem mudanças. Os leitores mais novos não sabiam disso com certeza. Na eleição de 1992, os candidatos pela situação eram Almedo Dettenborn e Celso Artus do PMDB; Jader Ribeiro Rosa (PDS) e Airton Artus (PDT) era a dobradinha mais forte de oposição. Jader tinha sido ‘traído’ dentro do PMDB em 1988, quando era vice de Almedo e candidato natural a prefeito. Na hora de definir, o partido escolheu Glauco Scherer como candidato a prefeito. Jader deixou o PMDB e saiu candidato pelo PDS como favorito, mas perdeu, por pouco, coisa de 1,8 mil votos. Em 92 foi novamente candidato, com Airton de vice contra Almedo e Celso. Era a guerra de Almedo e Jader tendo os irmãos Artus como candidatos a vice. Uma eleição onde saiu ‘faísca dos paralelepípedos’ da cidade. E Airton Artus, na época começando na politica, inflamado pelo ídolo Leonel Brizola, se transformou num ‘incendiário’ naquela campanha. Não tinha limites. E a sua ira se voltou contra a Folha do Mate, pelas criticas que seu comportamento agressivo mereceu. Tivemos um ‘pega’ feio. Jader e Airton levaram a maior ‘goleada’ da história até então, com 8 mil votos de diferença.

Airton saiu de cena e voltou depois para a campanha de 96, como candidato a vereador, com outra postura, com a lição das urnas na na eleição anterior, e se elegeu. Se reelegeu vereador em 2000 já como liderança afirmada do PDT. Se elegeu vice-prefeito em 2004 e teve a ousadia de sair antes do final do mandato e concorrer contra o prefeito Almedo, propondo novos tempos na forma de fazer política, e venceu. Concorreu a reeleição agora em 2012 e se reelegeu com a maior diferença da história das eleições locais, com mais de 11 mil votos, aliás foi o primeiro prefeito a se reeleger, dos quatros que tentaram.

Cito estes fatos para mostrar como os políticos podem mudar. E como é bom quando mudam para melhor sua postura e seu comportamento. Hoje Airton Artus é um prefeito que orgulha os venâncio-airenses e é admirado como politico na região e estado pelo seu comportamento e pela sua forma de fazer política.