Os 147 milhões de eleitores brasileiros tiveram um domingo de exercer a democracia, escolhendo seus novos governantes. Foram 29 milhões de abstenções. Os que foram às urnas deixaram recados importantes, em todos os níveis. Na eleição presidencial, o recado foi duro; Jairo Bolsonaro, do nanico PSL, fez 49 milhões de votos, 46,24% dos votos válidos e quase se elegeu em primeiro turno. O eleitor manifestou a sua indignação com os governos que passaram e os partidos que os integraram, e produziram a corrupção sem limites com o dinheiro público.Um recado de Bolsonaro, um Capitão da Reserva do Exército, é a chave: “Tivemos o apoio de setores importantes da sociedade. Empresários, comerciantes, lideranças evangélicas, pessoas de bem do Brasil que querem se afastar do socialismo e não querem flertar com o regime da Venezuela. Gente que quer uma economia liberal, com menos Estado, que quer defender os valores familiares.”Começa agora uma nova disputa, entre o PT, que venceu quatro eleições seguidas e uma proposta de mudança radical com Bolsonaro. A escolha o Brasil fará no dia 28.Também no dia 28 os gaúchos terão uma eleição inédita. Desde 1990 é a primeira vez que teremos um segundo turno sem candidato do PT. O ex-prefeito de Pelotas, Eduardo Leite (PSDB) foi o mais votado (35,89% dos votos válidos) e vai disputar com o governador José Ivo Sartori (MDB) (31,11% dos Votos). Os dois senadores escolhidos foram Luiz Carlos Heinze (PP), que vai ocupar a cadeira de Ana Ampélia, e Paulo Paim (PT), que se reelegeu.Na nossa eleição local, ficamos sem deputado novamente. O ex-prefeito Airton Artus (PDT) fez 24.408 votos e ficou na primeira suplência. Faltaram só 199 votos. Vinícius Medeiros (PSDB) foi o 9º no partido com 17.138 votos e o vice-prefeito Celso Krämer (PTB) também foi 9º no partido com 15.232 votos.Os federais ficam longe. Nilson Lehmen (MDB) fez 5.517 e Acemar da Silva (PPS) 655.