Não é nenhuma novidade esta afirmação, mas reportagem publicada por Zero Hora recentemente, mostra a linha do tempo da dívida que o Estado foi acumulando por 40 anos, governo após governo, até chegar no ponto de insolvência.

O histórico da dívida começa em 1970, com o governador Euclides Triches (Arena), que recebeu o governo com dívida de R$ 1,6 bilhão e entregou em 1974 com R$ 4,9 bilhões. Sinval Guazelli (Arena) entregou em 1978 com R$ 6,7 bilhões. Amaral de Souza (Arena) entregou em 1982, com R$ 12 bilhões. Eram governadores indicados para o cargo no regime de ditadura. Depois vieram os governadores eleitos, Jair Soares (PDS) entregou com R$ 16,6 bilhões em 1986. Pedro Simon (PMDB) conseguiu frear, e entregou com R$ 16,7 bilhões em 1990. Alceu Collares (PDT) aumentou a dívida e entregou com R$ 20,6 bilhões em 1994. Mas foi o governo de Antônio Brito (PMDB), que ‘afundou’ de vez o Estado em dívida. Chegou aos R$ 45,8 bilhões em 1998. Renegociou a dívida com o governo federal, estancando a escalada. Numa nova realidade, a dívida se manteve num mesmo patamar nos governos seguintes. Olívio Dutra (PT) entregou em 2002 com R$ 45,7 bilhões. Germano Rigotto (PMDB) entregou em 2006 com R$ 46,5 bilhões. Yeda Crusius (PSDB) entregou em 2010 com R$ 46,1 bilhões. Tarso Genro (PT) em dois anos já aumentou a dívida para R$ R$ 47,1 bilhões até o final de 2012.

O Rio Grande do Sul é o estado mais endividado da nação. Sua dívida com a União é 2,18 vezes a receita anual de R$ 23,7 bilhões. Se fosse pagar tudo, cada gaúcho teria que desembolsar R$ 4,4 mil. Minas com 1,75 da sua receita; Rio de Janeiro com 1,65; São Paulo com 1,54, e Alagoas com 1,5 são as outras maiores dívidas. Mato Grosso do Sul com 1,05 e Goiás com 1,02 são os outros dois estados com dívidas. Os demais estados não tem dívida. Nestes se incluem Santa Catarina e Paraná. Esta é uma das explicações para o fato do RS estar perdendo terreno para Santa Catarina e Paraná ano após ano em todas as áreas. Incompetência de nossos governantes ao longo de quatro décadas.

O governador Tarso Genro vê na renegociação da dívida com a União, em novas bases, a única saída. Está certo ele, é preciso renegociar sim, pois é uma ‘bola de neve’. E o momento não pode ser melhor. Estrelas alinhadas. E uma Presidente ‘mineirúcha”.