Estudo divulgado pelo IBGE, mostra que o Rio Grande do Sul perde espaço econômico no Brasil ao longo dos tempos. Na década de 1990 até 2000, o estado gerava 7,1% da riqueza nacional. Na década seguinte, até 2010, baixou para 6,14%. Três fatores são apontados para justificar a estagnação.
O estado já tinha atingido um nível alto de produção primária e industrial e nas últimas décadas outras regiões do Brasil abriram fronteiras agrícolas produtivas, como o centro/oeste, região que mais cresceu, na década onde o RS ainda enfrentou suas maiores secas e quebras de safra.
A valorização da moeda brasileira, com a criação do Real, fez as exportações gaúchas perderem poder e mercado, como a indústria calçadista, que se evadiu, além das barreiras de exportações, como da Argentina.
O terceiro ponto é político/administrativo. Os sucessivos maus governos tornaram o Rio Grande do Sul o Estado proporcionalmente mais endividado do Brasil. Temos dívida superior aos 200% da receita corrente líquida anual, o que nos tira a capacidade de investimentos em infraestrutura, que Santa Catarina e Paraná tem e por isso tomam a dianteira em desenvolvimento na região Sul. Esta incompetência administrativa é a grande vergonha gaúcha.
O governador Tarso Genro (PT) integrou uma caravana de governadores e prefeitos que se reuniu ontem com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), para pressionar pela votação, ainda em fevereiro, do projeto de lei complementar que define novos indexadores das dívidas consolidadas dos estados e municípios com a União.