O assunto presídio, que domina os debates em Venâncio Aires neste início de ano, ganhou ontem um ingrediente novo e preocupante. O Ministério Público Estadual está solicitando informações à direção da Colônia Penal Agrícola de Venâncio Aires, no distrito de Vila Estância Nova, sobre o andamento do projeto de reforma de pavilhões interditados. A notícia causa pavor. Hoje o Cpava tem 140 detentos em regime semiaberto, pois dois pavilhões estão interditados pela justiça devido a sua precariedade. Com o projeto de construção do novo presídio fechado e um semiaberto intramuros em andamento, estava acordado que a atual estrutura não seria reformada e sim fechada. Como emperrou o processo, diante de manifestações contrárias à construção do novo presídio fechado, a sinalização de reforma nas galerias interditadas pode significar que em 90 dias tenhamos 600 presos no sistema semiaberto atual, que não oferece nenhuma segurança.

O prefeito Airton Artus anunciou ontem que vai ‘lavar as mãos” e deixar a decisão para o governo estadual. Em nota publicada na sua pagina no Facebook, que está reproduzida nesta edição, disse que “Infelizmente Venâncio Aires ainda padece com a inconformidade política de quem perdeu as eleições. Vejo a maioria das ações movidas por um sentimento político e não pela busca de solução para os problemas.”

Como defendi na semana passada, que o prefeito deveria ouvir a proposta da Caciva, com alternativas ao projeto do presídio, e que acabou agradando, não é hora de ‘lavar as mãos’. é hora de honrar a responsabilidade e buscar a melhor solução possível para a comunidade. Que defenda o projeto que está sendo negociado com o governo estadual, com as mudanças propostas, e mantenha a firme decisão de fechar a atual estrutura do Cpava.