Quando Lula decidiu fazer aliança com o Partido Liberal e ter José de Alencar como candidato a vice na eleição de 2002, tomava o caminho que lhe garantiria a Presidência. E as guinadas de Lula, líder sindicalista de esquerda, quando chegou ao governo continuaram. Manteve a linha econômica do seu antecessor Fernando Henrique Cardoso, que ‘arrumara a casa’ com o Plano Real. Mas Lula foi além, convidou para assumir o banco Central em seu governo, o deputado tucano eleito em Goiás, Henrique Meirelles, que tinha sido presidente Internacional do Banco de Boston. Meirelles renunciou ao cargo de deputado e aceitou o convite, seguindo a política liberal no governo Lula por oito anos. Ele ficou até 2011, quando Dilma, a nova presidente eleita por Lula, trocou a equipe econômica, que passou a ser liderada pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega.O Brasil começou a desandar, claro que fatores internacionais que tem impacto direto em todas as economias influíram, mas também pela mudança de rumos da política econômica que levou o pais a uma crise, que combinada com a crise ética e política já instalada, levou a Presidente reeleita Dilma a ser afastada do cargo, agora em maio.O vice Michel Temer assumiu o governo e sua ‘ficha’ é trazer Henrique Meirelles de volta, mas agora como Ministro da Fazenda e Previdência Social. Meirelles transforma-se num grande avalista do projeto Temer e esperança de recuperação econômica do país.Na posse do novo presidente do Banco Central, nesta semana, Meirelles afirmou que a implementação de políticas econômicas apropriadas ajudará a tirar o Brasil da crise recebida pelo novo governo e disse que essas ações estão em andamento.”Com essas medidas, o País será recolocado em trajetória de crescimento e voltará a gerar emprego, renda e bem-estar para a população”, afirmou Meirelles. “Há muito o que fazer”, ponderou o ministro, diante do estrago feito pelo governo Dilma.
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