Interessante a análise de Dieferson Umbelina, funcionário público, assíduo colaborador de textos de opinião da Folha, que postou no blog da coluna comentário sobre o tema presídio.
“Uma questão complexa que não pode ser resolvida com pensamentos simplistas.Nem jogar pra torcida.. Tão pouco do outro lado também tentar convencer a população de que ter um presídio seja algo bom. Nem tanto, nem tão pouco.Evidente que ter um presidio não agrada a ninguém, mas levando em consideração o caos que se encontra o IPM, não ha de piorar.E veja bem, em regime fechado ocorrem poucas fugas. E nas poucas que ocorrem, a primeira coisa que os presos fazem é ir exatamente para longe do presídio. Ou alguém imagina que se havendo fuga do regime fechado, os meliantes irão se dar ao luxo de circular pelas redondezas?Agora, tem que se admitir que com os investimentos que o governo fez em Venâncio Aires, a cidade se tornou de médio pra alto porte, e trouxe consigo as consequências que o crescimento trás. Imagina Venâncio se achar grande para trazer IFSUL, asfaltamento, academias ao ar livre, emeis e uma universidade, e se achar pequena para ter um presídio. Passamos anos enviando presos a outros municípios que também não queriam.Agora vamos passar a cuidar dos nossos e de mais outros de fora, como até hoje fizeram com os nossos. Até mesmo por que todo ser humano tem o direito a cumprir sua pena e quitar sua divida com a sociedade.Tentar convencer a população de que é um beneficio é ingenuidade, mas simplificar, citando que Venâncio retrocederia igualmente a Charqueadas, é subestimar a inteligência do cidadão. Então por que não comparar a Porto Alegre, que não retrocedeu.é um mal necessário. Um recuo estratégico em uma área para continuar avançando em várias outras. é o mal necessário que todo crescimento trás consigo”