O PMDB, comandado pelos ‘coronéis’ nordestinos José Sarney (Maranhão) e Renan Calheiros (Alagoas) tem hoje três dos principais cargos na República e isso – bem ou mal – é mérito deles. O vice-presidente Michel Temer; o presidente do Senado, Renan Calheiros e o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves. PT fica com a Presidência de Dilma, que é o principal de todos.

Com o espaço ampliado no governo, o PMDB constrói forças para colocar por terra uma tese que é atribuída à Lula, que estaria sugerindo que o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) fosse vice na reeleição de Dilma e que Michel Temer disputasse a eleição ao governo de São Paulo. Assim o PSB estaria contemplado na sua reivindicação. Mas o PMDB sequer admite esta possibilidade.

é um complicado jogo de interesse político em 2014. é certo que Dilma quer e vai concorrer à reeleição como favorita, pelo PT ou em um plano B em qualquer situação de emergência como já foi ventilado. O PSDB virá com o senador mineiro Aécio Neves com vaga aberta para vice. Hoje o PMDB tem o vice com Dilma. O PSB, partido que mais cresceu no país na eleição municipal, quer chapa majoritária. Quer colocar o vice para Dilma, ou vai para uma candidatura própria de Eduardo Campos ou mesmo uma composição de oposição com Aécio Neves. O PMDB sem colocar novamente o vice, manteria seu apoio ao PT?

São respostas que sairão de negociações longas e pesadas que se travam nos gabinetes de Brasília.