Citei na coluna que o preço da erva que tomo subiu de R$ 4,80 para R$ 10,80 em menos de um ano. Pois o diretor da Madrugada, Lúcio Metzdorf, me liga para explicar este fenômeno e dizer que a erva vai a R$ 20 até o final do ano. Ele cita que falta matéria prima no mercado, fruto da erradicação de ervais nos últimos anos e o aumento no consumo. Assim, com contratos a cumprir com grandes redes de supermercados, a indústria precisa comprar erva verde, sujeitando-se a pagar preço cada vez mais alto, para pode honrar seus contratos. ‘Compramos erva à vista ou a curto prazo e entregamos pronta para receber em 30 ou 60 dias. Essa situação exige alto capital de giro. A indústria paga e vai receber dois meses depois”, argumenta Lúcio.
Se o preço do kg de erva aumentou 125%, o preço da erva verde aumentou na mesma proporção. De R$ 6 no ano passado está em R$ 15 agora, em Venâncio. Em
Arvorezinha a arroba custa R$ 25 e no Paraná R$ 22.
Lúcio completa dizendo que quem está ganhando mais é o produtor, pois não alterou em nada seus custos e recebe mais do que o dobro pela erva na lavoura. E merecidamente, pois passou muito tempo recebendo quase nada pela erva, reconhece o industrial.
O assunto é tema de ampla reportagem na edição de hoje.