Por anos venho defendendo a necessidade de uma revisão geral na cobrança do IPTU que vem a cada ano sendo somente reajustado pela correção inflacionária. Mas existe uma defasagem muito grande de valores dos imóveis e entre imóveis. Pois o prefeito Airton Artus, que tentou mexer no tema em anos anteriores e foi barrado pela Câmara de Vereadores comandada pela oposição, retoma o assunto. Nesta semana um engenheiro especializado apresentou um estudo. Luiz Fernando Möller propôs a atualização do cadastro imobiliário local como única forma de corrigir injustiças onde, por exemplo, grandes prédios no centro da cidade pagam pouco e residências simples da periferia pagam um alto valor de imposto municipal.
Quando se fala em Planta de Valores, reforma no cadastro imobiliário e correções no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) logo se pensa que vêm aumento por aí. Pois exatamente para desmistificar essa ideia e apresentar as injustiças fiscais entre prédios localizados na mesma região da cidade, é que a Administração apresentou a primeira etapa deste diagnóstico, citou o prefeito Airton.
O consultor Luiz Fernando Möller ressaltou que este é um estudo eminentemente técnico, mas precisa da compreensão política do Executivo e Legislativo Municipal. O engenheiro apresentou exemplos práticos onde um prédio de esquina na rua Osvaldo Aranha tem avaliação de R$ 91,68 o metro quadrado, enquanto uma casa mista, sem acabamento, em rua sem calçamento no bairro Macedo tem avaliação de R$ 449,97 o metro quadrado. E cada um paga IPTU sobre esta valorização.