Com leitura e aprovação da Carta da XVIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, feita pelo presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, as atividades do evento foram encerradas na manhã de quinta-feira, 28. Desde segunda-feira, a Capital Federal foi palco do maior evento municipalista mundial, e pelo menos oito mil municipalistas e convidados estiveram na Marcha este ano, o que representa recorde de público. Prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e demais gestores do poder local apresentaram suas reivindicações aos Poderes Executivo, Judiciário de Legislativo.O documento, que registra os principais acontecimentos do evento, destaca o debate com os partidos políticos sobre a Reforma Política. “Realizou-se uma verdadeira sessão do Congresso Nacional na Marcha com a presença dos presidentes das duas casas legislativas, dos líderes partidários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o presidente e o relator da Comissão Especial do Pacto Federativo, além de centenas de parlamentares”, destacou Ziulkoski.A carta apresenta as nove principais reivindicações municipalistas deste ano. Os parlamentares assumiram o compromisso com a pauta legislativa dos Municípios composta por 17 iniciativas, em especial com o novo ISS, mecanismo de reajuste dos programas federais, o FPM anticíclico e a vedação de se criar despesas sem a clara fonte de recursos. Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), abraçaram a causa dos prefeitos que estão de ‘chapéu na mão’ e pressionam o governo.De volta de Brasília, onde participou da Marcha Nacional dos Prefeitos e de uma série de eventos paralelos em defesa dos municípios, Airton Artus, confirma esse cenário. Ele sinaliza algumas mudanças na forma como os municípios são tratados por lá. O eixo das atenções, que era voltado para o Executivo, vai para o Congresso. “Os prefeitos parecem estar confiando mais no Renan Calheiros e Eduardo Cunha (apesar de seus históricos) do que na própria presidente Dilma. Os municípios apostam no Congresso e seus deputados para agilizar as mudanças no Pacto Federativo. Acho que é nossa última esperança”, avalia o prefeito.
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