A frase forte foi pronunciada ontem pela manhã pelo prefeito Airton Artus, durante o ato de lançamento da PROGRAMAÇÃO de aniversário do município, que acontece durante o mês de maio. Artus citou o fato de ter sido encontrado dinamite em um galpão dentro da Colônia Penal Agrícola de Venâncio Aires, localizada em Vila Estância Nova. O artefato é utilizado em assalto à bancos e carros forte e estava sendo guardo dentro do presídio. Outro fato aconteceu na tarde de terça-feira, quando dois detentos da CPVA que deveriam estar na casa prisional, assaltaram um motorista em Canoas, tomaram o carro, que parou de rodar pelo corta-corrente. Saíram a pé e tentaram assaltar uma viatura discreta da Policia Civil, que estava estacionada, trocaram tiros e foram presos.
Artus disse, preocupado, que a CPVA está se tornando álibi do crime. Os detentos saem sem dificuldades da casa prisional, cometem delitos e voltam para a CPVA. A informação que corre é que na hora da contagem dos detentos a tardinha todos estão lá. Se for as 21h mais da metade não está mais. Pela manhã todos estão lá novamente. Judicialmente estão presos, mas na realidade estão nas ruas e podem estar cometendo crimes.
Com sete agentes penitenciários por turno para cuidar de 120 detentos mandados para Venâncio pela VEC de Porto Alegre, reportagem de ZH de ontem reforça matérias já divulgadas pela Folha. Os detentos andam de arma na cintura e celular nas mãos dentro do presídio semiaberto, como se estivessem em suas casas. A descoberta de 8 bananas de dinamite dentro do presídio foi acompanhada no dia 18 de março pelos reportes da Folha e RVA, mas as autoridades policiais locais impediram que o fato, ontem divulgado por Zero Hora, fosse noticiado pelos veículos locais logo que descoberto.
Algo precisa ser feito imediatamente. Não dá esperar oito meses ou um ano até que o novo presídio esteja construído.