Tem algo estranho do lado de cá do Equador. Junto alguns fatos dos últimos dias para reflexão: onde vamos parar?
Na Véspera de Páscoa, uma quadrilha assaltou três bancos ao mesmo tempo na pequena Campestre da Serra, cidade com 3 mil habitantes – Mato Leitão por exemplo de 3,8 mil para servir como parâmetro. O que estarrece é o fato dos bandidos terem literalmente ‘rendido’ a Brigada Militar na cidade, que ficou em pânico na mão de bandidos. Assim como ficaria em Mato Leitão e tantas outras cidades pequenas, onde a Brigada Militar tem poucos homens. Aliás, em Venâncio temos hoje um efetivo da BM que é menos da metade do que já foi.
Em Porto Alegre, três taxistas foram mortos em série com um tiro na cabeça, disparados da mesma arma. Na imprensa se vê bandidos presos postando imagens no Facebook, bem acomodados em cama, com TV, celular e internet, dentro dos presídios.
Na capital, estudantes da UFRGS se juntaram a partidos políticos radicais de esquerda e promoveram um quebra-quebra na prefeitura, no protesto contra o aumento de passagens. Sim, estudantes da universidade federal do RS, que estudam por conta do nosso bolso.
Pra fechar esta série de constatações, no tradicional Lava Pés da Igreja Católica, o Papa Francisco, lava e beija os pés de um menor infrator em Roma e o Arcebispo de Porto Alegre, lava e beija os pés de um menor infrator da Fase na capital.
Entendo o significado do ato perante o evangelho, do exemplo do Papa em buscar ‘ovelhas desgarradas’, que hoje as igrejas pentecostais buscam. Mas, e se um filho pequeno lhe perguntar: pai, se o Papa prega a humildade, porque ele não beija os pés de meninos pobres do bem? Se não tivermos psicologia para explicar isso, daqui a pouco as crianças vão entender que para ter os pés lavados e beijados pela igreja na Páscoa, é preciso ser bandido.