No início de abril devem começar a ser votados os principais pontos da reforma política que o Congresso encaminha. O relator da proposta é o deputado petista gaúcho, Henrique Fontana, médico de Porto Alegre. Ele defende o financiamento de campanhas eleitorais com recursos públicos para reduzir a influência do poder econômico nas eleições. Outros dois pontos importantes são uma emenda que proponha a coincidência de eleições gerais e outra que termina com as coligações proporcionais.

Eleições gerais é quase que um consenso. Sobre o fim das coligações proporcionais, os pequenos partidos são contra. Penso que deveria ter clausula de barreira para filtrar um pouco a enxurrada de partidos que existem no Brasil. Partido que não tiver representação no Congresso, deixa de existir. Mas Fontana retirou a cláusula de barreira da proposta.

Sobre o financiamento público não existe entendimento unânime. Pagar campanha com dinheiro publico do governo? Vai chover de candidato. Por outro lado, pelo modelo atual, quem tem dinheiro faz campanha e se elege. E outros que não tem, ou arrumam dinheiro de fontes duvidosas e ficam com ‘rabo preso’, ou não se elegem.

Mas o que ainda não é citado e que me preocupa é o voto em listas fechadas, onde o eleitor vota, mas quem decide quem vai assumir é o partido. Me cheira a ‘maracutaia’ para proteger ‘velhos lobos’ ou os que são ‘queimados’ pelo povo, mas tem força dentro dos partidos, como Zé Dirceu por exemplo.