Acompanho desde o governo Yeda Crusius as negociações do prefeito Airton Artus sobre a questão prisional, do antigo IPM, que agora é a Colônia Penal Agrícola de Venâncio Aires. Artus tem mantido uma linha de ação onde oportunidade e garantias sempre andaram juntas. Afinal a área de quase 100 hectares em Estância Nova abriga um presídio semiaberto, onde não foge quem não quer ed os detentos são do Presídio Central de Porto Alegre. Com o anúncio do projeto do novo presídio fechado e um semiaberto intramuros, Artus enfrentou tempestades, com campanhas contrárias. Num certo momento o prefeito disse que lavaria suas mãos. Não era uma decisão condizente com a sua posição e a sua personalidade.

As negociações foram andando e as reivindicações sendo atendidas – pelo menos na teoria. A construção do novo presídio fechado em área mais retirada da frente da RSC-287, liberando esta área nobre para futura expansão industrial; a transformação do Pelotão da BM em Batalhão; a construção de uma Delegacia de Policia; a construção de um posto policial em Vila Estância Nova, tudo foi aceito pelo Estado.

Resta a última barreira, que é ter presos da região no novo presídio de Estância. Artus esteve no Tribunal de Justiça com dirigentes da OAB local reivindicando uma VEC em Venâncio ou o atrelamento o presídio, que hoje pertence a VEC da capital, à VEC regional de Santa Cruz.

A informação nova que soube é que neste encontro, o presidente da OAB local Marcos Thiel, apresentou como sugestão ao Tribunal uma terceira alternativa, a macrorregionalização, com uma VEC dos Vales. Na prática, seria transferir a VEC de Santa Cruz para Venâncio Aires, que atenderia também Lajeado. Assim teríamos um Vara de Execuções Criminais em Venâncio para atender os presídios de Lajeado, Venâncio e Santa Cruz. Difícil? Penso que sim. Impossível? Não. Seria a solução ideal.