Olhando por todos os pontos, fica muito clara a malandragem da política. O processo de impeachment de Dilma envolvia a destituição da presidente e e perda de seus direitos políticos. O que aconteceu: a destituição definitiva de Dilma era coisa sacramentada, muito mais pela vontade das ruas do que dos políticos. Ardilosamente, como foram seus governos, o PT propôs fatiar o processo, separando a votação da perda do mandato dos direitos políticos. E o presidente do STF, Ricardo Lewandowsky aceitou, e o jogo foi feito. Renan Calheiros, presidente do Senado, liderou mais esta maracutaia. Agradou às ruas votando pela perda do mandato de Dilma, mas votou, e fez loby, para não cassar os direitos políticos. Antes da votação Calheiros se encontrou com Dilma e Lula. Raposas. O PMDB foi parceiro do PT no governo, se livrou de Dilma para tomar o seu lugar, mas manteve ela elegível e ‘na mão’ para o futuro.De quebra Calheiros ainda abriu caminho para Eduardo Cunha, ter mandato cassado, mas não os direitos políticos também.Brasília é mesmo um grande teatro, como li numa emocionada descrição da jornalista Cátia Kist, hoje na Arauto FM, em Vera Cruz e que esteve no Senado cobrindo o impeachment. é o jogo político e não é ‘privilégio’ nosso. é assim nos Estados Unidos, é assim no Parlamentou Europeu. E é muito pior na China, sem falar na Venezuela ou em Cuba. Infelizmente.