O movimento Despertar mobilizou o Brasil no mês de junho e sacudiu a nação. Já provocou a vai provocar mais mudanças importantes. A grande parcela de manifestantes que foi às ruas, deu exemplo de civilidade, protestou em paz e em ordem, sinalizando claramente o que quer. Uma minoria de ‘criminosos’ se infiltrou nos movimentos para depredar, saquear e pra mim não teve a devida repressão das forças policiais.
Aqui em Venâncio o movimento teve dois finais de semana de protestos, no segundo com mil pessoas nas ruas, na maioria jovens mostrando que querem um Brasil mais honesto e mais decente. Foi dado o recado, juntando-se às cidades brasileiras que se mobilizaram.
Agora no último final de semana, um pequeno grupo tentou repetir a passeata e não teve cem adeptos no domingo. Na segunda à noite o mesmo grupo, com menos gente ainda, insistiu em continuar. O grupo praticamente juvenil, inclusive com jovens vindos de outras cidades, pelas informações que se tem, ‘marchou’ pelo centro, parou na frente da casa do prefeito Airton Artus de megafone em punho gritando palavras de ordem. Depois se deslocaram ao Legislativo, onde literalmente invadiram o plenário, sem resistência, e foram logo aos gritos anunciando que não estavam ali para ouvir, mas para falar. O presidente do Legislativo, Telmo Kist e os demais vereadores foram exemplares. Telmo ‘desarmou” os jovens, quando conseguiu ser ouvido. Disse ao líder Daniel Poletti, que não precisavam usar megafone e fazer gritaria. Poderiam utilizar a tribuna da Câmara para se manifestar. A ‘gurizada’ se entreolhou e ‘perdeu o rebolado’. Mas a reação é perfeitamente normal, pois nenhum legislativo na região abriu espaço para manifestantes falarem da tribuna.
“Foi um movimento juvenil que abordou temas da forma que eles entendem e ocuparam um espaço que é do povo”, disse Telmo, vereador que é comunicador de rádio e muito experiente em lidar com público.O manifesto do grupo não teve debate com os vereadores. O grupo disse ‘exigir’ que se reduzam, de forma imediata, os salários do prefeito, vice, vereadores e secretários, em 20%.
A imagem deixada naquela noite de domingo, dia 22, com mil jovens na Osvaldo Aranha, foi linda. E não deveria ser arranhada com a insistência em radicalizar.