Não é por nada que nos primeiros dias de governo, quando muita gente queria tirar foto com Sartori no Piratini, ele dizia: “Daqui a três meses ninguém vai querer mais tirar foto comigo”. O gringo, que é espirituoso, falava sério. Sabia do ‘pepino’ que assumiu e sempre repetiu: “Vou fazer o que tem que ser feito”.Sartori é diferente dos governadores anteriores, que tentavam, de um jeito ou de outro, ‘maquiar’ situações, pensando em reeleição…e ninguém conseguiu. Sartori disse desde o início que não é candidato à reeleição. Encaminhou para a Assembleia um pacote com 37 medidas duras, propondo a redução das secretarias de governo de 20 para 16, extinção de 11 fundações e autarquias, demissão de 1,2 mil servidores celetistas, entre outras, para gastar R$ 6,7 bilhões a menos até 2020, o que ainda não resolve a situação. Chama atenção que o pacote, definido por Sartori de “Novo Estado, Novo Futuro”, propõe que 391 servidores estaduais, que hoje atuam em sindicatos, deixem de ser pagos pelo Estado. Esse pessoal custa milhões por ano aos cofres do Piratini, para fomentar protestos e greves contra o governo. Tem cabimento?Cabe agora aos deputados ter a responsabilidade de discutir o ‘pacote’ e não se omitir das reformas, que são inadiáveis, pelo bem do futuro dos nossos filhos e netos.