Uma “Operação Tabajara”, como definiu o Ministro do STF, Gilmar Mendes. Ou ‘coisa de aloprados’ como diria Lula, foi a ação do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP/MA), que assumiu depois de Eduardo Cunha (PMDB/RJ) ter sido afastado pelo STF. Maranhão anulou a votação do impeachment da presidente Dilma aprovada por 367 votos na Câmara dos Deputados, mas não soube nem explicar o documento que assinou, pois tudo foi preparado de dentro do Planalto. O coitado só assinou o papel que não foi aceito pelo presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB/AL) que segue o rito determinado pelo STF. Ontem Maranhão revogou a sua decisão.Não existe mais qualquer dúvida: a presidente Dilma Rousseff (PT) deixa o Planalto nesta quarta-feira, ou na quinta se o processo se estender muito, depois da votação do impeachment no Senado. A maioria dos senadores já se decidiu. Teremos somente formalidades, com discursos e votação para o afastamento por 180 dias. Depois vem a sessão condenatória do Senado, dirigida pelo STF que deve confirmar o impeachment.Encerra assim um governo que não começou e que deixou um país com a economia aos cacos, por incompetência de Dilma e seus ‘companheiros’. E pela falência moral e ética criada nos governos do PT, onde a roubalheira se institucionalizou, como citaram mais uma vez, no final de semana, executivos da Odebrecht. Disseram que o Ministro da Fazenda, Guido Mantega e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, condicionavam a liberação de financiamentos para obras das empreiteiras, ao repasse de dinheiro para a campanha de Dilma em 2014. O governo extorquindo as empresas.Depois de deputados e senadores, representantes do povo, decidirem por maioria destituir a Presidente, assume o vice dela, Michel Temer (PMDB), de um partido comprometido com o que o PT fez. Mas, com um detalhe: a ‘caneta’ sempre foi do PT e agora passa para o PMDB. Temer mostra que vai formar um time de peso para uma reação. Vai diminuir a farra dos 39 Ministérios criados por Lula, que Dilma reduziu para 32 e devem ser agora 23. Mas não nos enganemos, vamos ter dias de novas esperanças, mas muito duros pela frente.
Sérgio Klafke
Senado vota o impeachment hoje
Uma “Operação Tabajara”, como definiu o Ministro do STF, Gilmar Mendes. Ou ‘coisa de aloprados’ como diria Lula, foi a ação do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP/MA), que assumiu depois de Eduardo Cunha (PMDB/RJ) ter sido afastado pelo STF. Maranhão anulou a votação do impeachment da presidente Dilma aprovada por 367 […]
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