Uma ação do Democratas contra a Universidade Federal de Brasília considerando inconstitucional a reserva de vagas pelo sistema de cotas raciais foi julgada improcedente, por unanimidade, pelo Supremo Tribunal Federal. Com a sentença, o STF valida as cotas em todas Universidades Federais que adotam o sistema, como a UFRGS em Porto Alegre, UFSM em Santa Maria e a UniPampa em Bagé, que usam o sistema de cotas raciais no RS desde 2008.
Um dos ministros fez a observação de que o sistema mais justo seria o de cotas sociais, mas votou pela unanimidade por cotas raciais. A cor de pele não deveria ser fator para privilegiar as pessoas, mas sim a condição social, permitindo aos pobres o acesso à universidade pública, que hoje é de maioria de filhos de pais abastados, que podem pagar cursinhos pré-vestibular. Os jovens com menos posses não chegam lá e pagam as universidades particulares e os jovens mais pobres, se não forem negros, ficam fora das universidades. Salvo casos de exceção. Buscando corrigir a história, a justiça comete uma injustiça com os pobres que não são negros.