Ao trabalhar a pauta sobre os atrasos das licenças ambientais, a reportagem da Folha sentiu a dificuldade de empresários se manifestarem, por temor de isso atrasar ainda mais seus processos que aguardam na fila da Fepam. Vorlei Mantelli, que ainda não conseguiu abrir a Eco Mantelli Soluções Ambientais, é exceção. Não teme em cobrar publicamente, pois fez um investimento alto e não consegue iniciar a operação da sua empresa instalada em Linha Sapé, pela morosidade da Fepam. Isso que a Eco Mantelli vai dar destino para galhos, que serão transformados em adubos e entulhos que vão ser reciclados e reaproveitados como material de construção civil.

Mas penso que o governador Tarso Genro, desatou o nó. A Fepam estava nas mãos de políticos do PC do B, sobre o qual ouvi como definição, de ser o atraso do atraso em pensamento político. Com o escândalo da Operação Concutare, que revelou um ‘ninho de corrupção’ no licenciamento ambiental e afastou os ‘comunas’ na área, Tarso chamou Nilvo Silva, especialista em ecologia e desenvolvimento sustentável, que morava na Dinamarca, onde dava consultoria ambiental. Nilvo já tinha presidido a entidade no governo Olívio Dutra e foi convidado na cota pessoal do governador. E quando isso acontece, a intenção é resolver os problemas. Quem assim seja.