Selvino Heck, assessor da presidente Dilma, em sua coluna de quinta na Folha, faz ‘ginástica’ para demonstrar que a eleição de 2014 não está no dia a dia de Brasília e nas ações do governo. Mas fica muito claro que todos os movimentos são calculados e que a preocupação tem razões de ser. Agora o Congresso, comandando pelo PMDB, freia a apresentação de novas siglas, limita tempo de TV e de recursos. Objetivo: barrar a ex-Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que fez 14% dos votos na eleição de 2010 pelo PV e quer criar a Rede, um novo partido e ser candidata a presidente. Também sou contra esse oportunismo de criar partidos por interesse pessoal.
Mas, entendi melhor este jogo de xadrez em conversas com Jamil Albuquerque, no final de semana aqui em Venâncio. Conta ele que a grande aposta do PT é de Dilma vencer a eleição no primeiro turno turno e por isso quanto menos candidatos melhor. Se forem candidatos Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB), Marina Silva (Rede) e outros ‘nanicos’, aumentam as chances de um segundo turno. E aí é vem o grande segredo. Pesquisas qualitativas estariam indicando que num segundo turno o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB),. Com seu projeto de “O Brasil pode mais” chegaria em boas condições de vencer Dilma, caso a economia não se recupere rapidamente.
Dirão alguns que é fantasia. Para dar credibilidade, cito que Jamil Albuquerque, admirador do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), apostou e trabalhou na candidatura de Fernando Haddad (PT) para a prefeitura de São Paulo. Largou com 6% e derrubou Celso Russomano, que largou com 38% e José Serra.