O Brasil vive o carnaval, considerado o maior espetáculo a céu aberto do planeta. Aqui em Venâncio, nós da Folha, vivemos um carnaval diferente. Além da cobertura jornalística, participamos do desfile de rua, como tema enredo da escola de samba Unidos das Vilas, com sede na Vila Freese.
Na noite de sábado, dia do primeiro desfile, vi a Osvaldo Aranha por outro ângulo pela primeira vez, quem sabe não a última. é uma sensação indescritível. Desde os grandes carnavais dos anos 80, onde trabalhei em coberturas pelo jornal e como jurado também, sempre vi as escolas passarem. Desta vez foi muuuuuito diferente. No carro alegórico, tendo a frente a ala Festa da Cidadania, em branco e prata, com a família Folha do Mate, vi a magia que é participar do espetáculo. Não vi a escola Unidos, na qual desfilamos. Vi apenas a parte onde estávamos presentes. Mas o mágico é ver a evolução pela Osvaldo Aranha e o mar de gente dos dois lados da rua. é difícil distinguir rostos de amigos e conhecidos, pois é uma pessoa ao lado da outra por 500 metros. Olhando da avenida, se vê mais de dez mil pessoas nas calçadas.
Escrevo antes da apuração dos resultados, que serão anunciados logo mais a noite. Mas este, mesmo sendo importante, é secundário. O mais importante foram as emoções que vivi – e todos vivemos – como diria Roberto Carlos. Indescritível. Em nome dos fundadores Walter Kuhn e Astor Reckziegel, do tio Asuir Silberschlag e do primo Ricardo, com os quais estive no carro, e todos os foliões da Folha que desfilaram, agradeço a Escola Unidos por esta homenagem pela passagem dos 40 anos da Folha e ao público que cantou com a gente o samba enredo. Foram muitos os eventos pelas bodas de rubi, os 40 anos da Folha. Mas sem dúvidas a mais emocionante de todas foi esta.