Um novo jeito de fazer greve

Os tradicionais movimentos grevistas na educação, sempre foram politizados, com a linha de frente de professores sindicalistas ligados a partidos de esquerda, como o PT, PSol e PC do B. Em São Paulo o movimento mostrou inovação. As tradicionais greves de professores, deixando de dar aulas, começaram a ser mal vistas. Foi criado então um novo jeito. Alunos começaram a tomar a frente dos protestos, ocupando escolas.E a nova forma chegou a Porto Alegre, com ocupação de escolas estaduais em protesto contra o governo José Ivo Sartori (PMDB) e se espalha pelo interior.Em Venâncio as duas principais escolas estaduais do centro da cidade, Cônego Albino e Monte das Tabocas, anunciaram que não iriam aderir à greve, com exceção de um professor do Monte e outro da Wolfram Metzler, integrantes do Cpers Sindicato.Alunos dos terceiros anos do Monte, liderados pelo único professor grevista da escola, Elbe Marques Belardinelli, iniciou o movimento de protesto com proposta de ocupação e fez passeata até o Cônego pressionar pela adesão, mas não foi atendido. O professor e sindicalista Belardinelli é militante do PT, pelas fotos que registra em redes sociais.O protesto é contra salários parcelados, contra atraso no repasse de recursos de manutenção da escolas, reivindicações justas. E é salutar que alunos despertem para a realidade de defender uma educação melhor. Mas que estejam atentos, pois atrás disso tem uma ação político-partidária.



Sérgio Klafke

Sérgio Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

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