No final de semana o Chile elegeu Presidente. A médica pediatra Michele Bachelet, candidata de esquerda, venceu fácil, com mais de 60% dos votos e volta ao poder. Ela governou o Chile, onde não existe reeleição, de 2006 até 2010, quando foi eleito presidente Sebastian Piñera, empresário da direita, que agora devolve o cargo à sua antecessora.

A alternância no poder, a cada quatro anos, pode dificultar a realização de projetos de médio prazo, mas também evita o crescimento de raízes malfeitoras nos governos.

O Chile, de 17 milhões de habitantes, sempre na vanguarda da América Latina, realizou a primeira eleição com voto livre, possibilidade que se vislumbra no Brasil. Apenas 40% dos 13,6 milhões de eleitores chilenos foram às urnas. Bachelet se elegeu com 63% dos votos destes 40% de eleitores que foram às urnas, o que significa 25% dos votos do país.

Se não for obrigatório o voto no Brasil, não deve passar do patamar de 40% o número de votantes também, o que significa em torno de 50 milhões de votos.