O vereador José Ademar Melchior, o Zecão, que também é presidente do PMDB em Venâncio me falou, na sexta-feira, sobre o fato do partido, que tem três vereadores, não ter assinado o pedido do CPI apresentado por Eduardo Kappel (PP), para investigar a distribuição dos apartamentos do condomínio Altos da Aviação e que dependia das três assinaturas do PMDB para ser aceito.Zecão argumentou que uma CPI atrasaria a entrega dos apartamentos. “Não podemos prejudicar a quase totalidade das pessoas beneficiadas justamente com os apartamentos, por existirem denuncias de uma ou outra situação irregular, que vamos acompanhar e cobrar sem CPI” justificou Zecão.Este fato pode marcar uma mudança radical na forma do PMDB se portar na política municipal. Zecão faz o comparativo do governo anterior, quando fez oposição sistemática ao governo Airton/Giovane, ao lado de Celso Krämer e Marcolino Coutinho, do PTB, um ‘trio do barulho’, que encolheu sua votação na última eleição; Marcolino não se reelegeu. O PMDB também deu ré, entende Zecão. “Levamos 11 mil votos de diferença na eleição para a prefeitura. Pra mim foi um sinal claro que nossa forma de fazer política estava errada”, avalia.Ele me revelou que teve uma conversa com Celso Krämer sobre a decisão e foi cobrado pela mudança. Zecão revelou que teria dito ao vereador do PTB: “Continua fazendo política do teu jeito, que nós vamos fazer do nosso”, marcando o fim de uma parceria que criou CPI no governo passado e não resolveu nada a não ser ganhar manchetes na imprensa.Zecão também contrariou nome histórico no PMDB para não assinar a CPI, mas garante que o partido vai continuar sendo oposição, mas uma oposição responsável, que apresente propostas e soluções e não apenas se limite a denunciar e criticar o governo.Se isso se confirmar, pode marcar uma retomada de caminho do PMDB, que ‘mandou’ por 30 anos na política de Venâncio no final do século passado e na última década ‘encolheu”.
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