Os problemas relacionados ao abastecimento de água nos períodos de estiagem e de alagamentos nas épocas de cheias do arroio Castelhano será tema frequente em 2022, a exemplo do que já vinha acontecendo nos anos anteriores. Só que, desta vez, a Câmara de Vereadores pretende exercer papel de protagonismo. O presidente do Legislativo, Benildo Soares (Republicanos), elegeu o assunto como a principal bandeira do seu mandato à frente da Mesa Diretora da Casa do Povo.

Soares tem um projeto próprio, o qual classifica como ousado, mas possível de tirar do papel, especialmente com a busca de recursos no Governo Federal. Mas o político destaca que quer ampliar o debate e ouvir outras sugestões vindas da sociedade. Para isso, já prepara uma audiência pública para o mês de março, ainda sem data definida. De acordo com ele, não importa de que forma Venâncio vai resolver os problemas, desde que a solução se consolide de uma vez por todas.

A construção de um lago artificial é apontada como crucial. Aliás, uma área de 23 hectares já foi oferecida pela família Henkes, às margens da RSC-453. No entanto, especialistas sugerem que este não é o melhor local para a obra, pelo fato de que está abaixo da estação de captação de água da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), localizada no Acesso Grão-Pará. A iniciativa não está completamente descartada, mas cada vez mais há opiniões de que a área oferecida não é a ideal.

Com isso, ganha força o projeto do presidente do Legislativo, já que o lago artificial ficaria ligeiramente acima da estação de captação. Além disso, ele entende que também é necessário construir, pelo menos, dois reservatórios de água em áreas localizadas entre o Acesso Grão-Pará e Linha Olavo Bilac. Dessa forma, sustenta Soares, seria possível controlar a água, seja para auxiliar os produtores com irrigação ou mesmo evitar os alagamentos na região baixa da cidade, decorrentes das cheias do Castelhano.

O tema é polêmico, mas também urgente. É preciso pensar no futuro e buscar soluções para problemas enfrentado há muitos anos na Capital do Chimarrão. O sofrimento de alguns é maior que o dos outros, mas a certeza é de que a saída para estes obstáculos deve ser pensada em conjunto: sociedade, autoridades e Corsan.