Uns gostam, outros não. Há quem espere o ano inteiro por ele, mas também os que dizem que tanto faz se não tivesse, pois não participam. O Carnaval, que tantas polêmicas traz consigo, está aí mais uma vez. O de Venâncio, aliás, já virou referência na região, pois tem sido realizado todos os anos e as pessoas que simpatizam com a folia querem estar nos lugares onde há festa com muita cor, luz e brilho.
Houve um tempo em que as críticas ao Carnaval eram muito mais severas, pois as festas precisavam ser custeadas com recursos públicos, fato que desencadeava queixas com mais ímpeto, normalmente com questionamentos como “por que não botar este dinheiro na saúde e na educação?” ou “pra que fazer Carnaval se não tem segurança nas ruas?”, mas agora a realidade é um pouco diferente. Quem paga a maior parte da conta não é a Prefeitura, são empresas que optam por apoiar o evento.
Significa dizer que o Carnaval – nem sempre e nem em todas as cidades, mas em Venâncio Aires tem sido assim – é realizado com recursos destinados especificamente para a folia. A Lei de Incentivo à Cultura (LIC) é o mecanismo que viabiliza doações e, além disso, há ainda as emendas parlamentares. A Capital Nacional do Chimarrão foi contemplada com R$ 80 mil da deputada federal Maria do Rosário (PT) e captou o restante do valor pela LIC, tanto a parte repassada para as cinco escolas participantes, quanto o montante que precisa ser investido em estrutura, segurança e organização.
Além disso, a Administração também conseguiu destinar recursos às agremiações com antecedência, o que é muito importante para que as escolas encaminhem seus planejamentos com um pouco mais de tranquilidade. Sempre fica conta para trás, é verdade, no entanto é preciso registrar que o Carnaval de Venâncio Aires está mais profissional. A experiência dos líderes das escolas e o bom relacionamento com os agentes públicos que cuidam da organização tem elevado o nível dos desfiles, tanto que a expectativa para 2020 é de que aproximadamente 20 mil pessoas prestigiem as apresentações.
A primeira oportunidade de conferir o que Malandros do Ritmo, Unidos da Vila Freese, Fiel Tribo, Acadêmicos do Samba Négo e Imperatriz Cultural prepararam é neste sábado, 22, a partir das 20h30min, na principal via da nossa cidade, a Osvaldo Aranha, batizada de Rua Grande. Depois, as agremiações voltam à passarela do samba na noite de segunda-feira, 24, com início no mesmo horário. Se as escolas mantiverem, pelo menos, o nível do ano passado, certamente o público ficará satisfeito. Talvez até quem não é muito de Carnaval, se resolver dar uma espiadinha, fique surpresa com as apresentações.
Em que pese o direito de cada um pensar o que quiser a respeito do Carnaval de Rua – e tudo que envolve a festa -, é salutar reforçar que os recursos investidos no evento foram destinados exclusivamente a ele. Neste caso, não teria como repassar para a saúde, educação ou segurança. Então o momento é festa, propício para tornar a folia da Capital do Chimarrão ainda mais evidente. Além dos visitantes, o comércio também agradece. A torcida é para que tudo corra dentro da normalidade.