O Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) precisa da ajuda de todos nós. Mas, de novo? Sim, mais uma vez. A dívida histórica da tradicional instituição de saúde de Venâncio Aires – que atende também os municípios de Mato Leitão, Vale Verde e Passo do Sobrado, bem como serve de abrigo para pacientes de outras cidades, que para cá vêm por regulação do Governo do Estado – voltou a atormentar a diretoria e os colaboradores.

Com o fim dos repasses referentes à Covid-19, que por um determinado período ‘anestesiaram’ as contas do HSSM, o déficit mensal pulou de R$ 500 mil para R$ 700 mil e, se algo não for feito para mudar este cenário, a tendência é de que a situação atinja a calamidade, com até R$ 10 milhões de novo passivo até o fim do ano, fato que elevaria para cerca de R$ 26 milhões o total da dívida do hospital. E, se chegar a este ponto, será difícil manter o funcionamento.

Como todos sabemos, quando a coisa fica feia desse jeito, só há uma saída: a mobilização de lideranças políticas e da comunidade no sentido de que o HSSM consiga superar as suas dificuldades financeiras. Além de iniciativas da casa de saúde acerca de redução de despesas e aumento de receitas, caberá ao Executivo estender a mão – por meio de apoio institucional e também com recursos, se houver -, como sempre. E também será preciso passar o pires nas instâncias estadual e federal em busca de valores para uma recuperação.

Infelizmente, vamos passar por estas situações delicadas de tempos em tempos, já que a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) está defasada há mais de 20 anos e, para piorar, a elevação dos custos da pandemia do coronavírus vieram para ficar. Apesar de todos os obstáculos que teremos pela frente e do temor que já se abate sobre gestores e funcionários, certo é que as forças vivas da Capital Nacional do Chimarrão não permitirão o pior cenário, que seria o encerramento das atividades do nosso hospital.

Como todas as outras vezes em que o HSSM precisou, a comunidade venâncio-airense vai se levantar mais uma vez para ajudar no que for preciso. Desde já, fiquemos todos em alerta sobre como podemos auxiliar a mais importante instituição do município. Cada um do seu jeito, vamos todos nos unir para superar mais um momento desagradável da nossa história.

Juliana Bencke

Editora de Cadernos

Responsável por coordenar as publicações especiais, considera o jornalismo uma ferramenta de desenvolvimento da comunidade.

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