Nessa sexta-feira, 3, a Administração de Venâncio Aires anunciou um plano de obras para unidades de saúde da cidade e do interior do município. São 2,3 milhões que serão investidos em reformas e ampliações.
Ao longo desta semana, a Folha do Mate conferiu ‘in loco’ a carência na estrutura de um dos postos que integram a lista do plano de obras: a UBS Vila Arlindo. Na reportagem, a comunidade relata a importância de ter uma unidade segura e com uma aparência bonita, afinal, é um espaço de saúde, onde as pessoas devem se sentir acolhidas e bem cuidadas. A urgência em relação à estrutura física destas unidades também levou o Município a destacar uma equipe de engenheiros e arquitetos integralmente para estas obras.
Além de postos, o plano contempla um Centro de Esterilização junto à UBS do bairro Gressler, a reforma e ampliação da Farmácia Municipal, a construção do Centro de Nefrologia, a ampliação do Caps e a estrutura do Centro de Especialidades Médicas, que já está concluída. São investimentos importantes e necessários para deixar a rede básica ‘em dia’ para a população.
Paralelo a esse pacote de obras, outra estrutura desafia os gestores públicos: a equipe de médicos. Na edição deste sábado, a Folha publica reportagem que destaca a ‘saga’ para preencher as vagas de médico de atenção básica. O problema não é falta de investimentos, nem se trata de um descaso da Administração. Sem profissionais em número suficiente interessados nas vagas, a Secretaria Municipal de Saúde vem fazendo uma ‘ginástica’ para remanejar profissionais de um local para outro.
Um dos caminhos apontados pelo Município é ampliar a terceirização de serviços, mas é preciso avançar em outros pontos e levar essa discussão para os governos estadual e federal e também para a sociedade médica. Os Municípios precisam de suporte para garantir que a ponta desta rede (que são os pacientes), não fique desassistida.
Essa demanda, que não é exclusiva de Venâncio Aires, antecipa um grave problema que podemos ter pela frente, se não existir um plano de ação. Já existe um déficit de médicos de atenção básica, e esse número pode aumentar. É preciso olhar com mais atenção para esta demanda, que está na porta de entrada do sistema público de saúde, caso contrário, a população terá de pagar a conta.