Os dados divulgados pela Receita Estadual, na quarta-feira, 3, relativos ao índice provisório de retorno de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), não se configuram em boa notícia para Venâncio Aires. De acordo com os números, a Capital Nacional do Chimarrão deve registrar uma queda de 11,32% na arrecadação em 2023. As médias do Valor Adicionado Fiscal (VAF) dos anos de 2020 e 2021 servem de referência para a elaboração do índice, que mais tarde ainda será revisado para ser definitivo.
Se for confirmado, o desempenho refletirá na saída de Venâncio Aires do grupo das 30 maiores economias do Rio Grande do Sul, saindo da 27ª para a 31ª colocação no ranking estadual, uma queda de quatro postos. Como o ICMS é uma das principais fontes de recursos para as prefeituras, o ano que vem exigirá ainda mais poder de gestão do prefeito Jarbas da Rosa e da sua equipe econômica, liderada pela secretária da Fazenda, Fabiana Keller. A estimativa é de até R$ 10 milhões a menos em 2023, o que, evidentemente, reflete na prestação de serviços à população.
Mas, se a notícia de momento não é das melhores, as coisas tendem a melhorar já no ano seguinte, em 2024. Isso porque, segundo a análise feita pela equipe econômica da Prefeitura, a redução de valores para 2023 se deve ao fato de um menor volume de tabaco ter sido embarcado para outros países nos períodos de referência. Ou seja, o que ficou estocado e 2021, será exportado neste ano, fazendo com que os números voltem a ser positivos em 2024.
É assim que funciona a roda da economia, ainda mais para um município como Venâncio Aires, que tem no tabaco o seu carro-chefe de geração de riqueza, em percentual maior do que 50%. Estratégias, decisões, análise de mercado, tudo pesa na hora de comprar e vender, e no que se refere ao tabaco, não é diferente. O mais importante é que o poder público, de posse destas informações, busque o equilíbrio das contas em um ano que será de frustração de receitas. Essa é a realidade e o Município tem pessoas competentes para ‘driblar’ as perdas relativas à arrecadação de ICMS. Logo ali na frente, a gangorra vai pender a favor.