Venâncio Aires, uma das primeiras cidades gaúchas a instituir a coleta de lixo conteinerizada, em 2010, dá mais um passo para aperfeiçoá-la. Na segunda-feira, 25, entra em operação um novo sistema de coleta urbana, com a implementação de novos e mais contêineres nas ruas do município. Quem passa pelas ruas centrais, já identificou os contêineres nas cores azul (recicláveis) e verde (orgânico e rejeitos). São 750 equipamentos, o que permitiu ampliar em 60% a abrangência da coleta automatizada. O retorno dos contêineres de duas cores também permitirá a reorganização da coleta, com a destinação correta do lixo, de acordo com o tipo.
Economia aos cofres públicos também é uma das marcas deste novo momento. Os contêineres usados até então são alugados e custam cerca de R$ 500 por mês, cada um. Com os novos, que integram o patrimônio público, a Prefeitura deve economizar quase R$ 1 milhão por ano.
Importante registrar que essa compra foi possível graças ao empenho da equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que na gestão municipal anterior, se habilitou ao programa Lixão Zero, do Ministério do Meio Ambiente, e garantiu R$ 4,1 milhões para investir na gestão dos resíduos sólidos. Apenas 21 cidades do país foram contempladas, o que engrandece a importância deste investimento, que foi verificado ‘in loco’ pelo ministro Joaquim Leite, que esteve em Venâncio em dezembro de 2021. Com o recurso, além dos contêineres, foram adquiridos biodigestores para as escolas, triturador de galhos e 1,9 mil composteiras domésticas já distribuídas para os moradores.
Como qualquer mudança, é preciso tempo de adaptação, paciência e conscientização da população, que é a peça mais importante de todo esse processo. Os moradores precisam também zelar pelo patrimônio público, afinal, esta conta é de todos nós. O contrato do lixo é um dos mais caros para os cofres municipais. Com essas mudanças, que valem a partir de segunda-feira, Venâncio seguirá tendo uma conta alta. São R$ 4,7 milhões que serão gastos por ano. O valor ainda é menor do que o total anterior, que girava em torno de R$ 5,6 milhões anuais, considerando o aluguel dos contêineres. É caro descartar. É por isso que propostas como a de instalação de composteiras domésticas são tão importantes e devem continuar sendo incentivadas, na cidade e no interior. A eficiência na gestão dos resíduos é um desafio, que começa dentro do lar de cada um.