A Páscoa, que é celebrada neste domingo, chega com um ‘tema de casa’ para todos nós. A data nos convida a refletir sobre a cultura de paz e a importância de ‘renascer’ valores que devem ser disseminados dentro de casa, junto às famílias.
Um assunto que, certamente, pautará encontros familiares neste fim de semana, é a segurança nas escolas, tema que ganhou mais atenção após recentes episódios de violência em educandários brasileiros, entre eles, a chacina registrada nesta semana em uma escola infantil de Blumenau (SC), que resultou na morte de quatro crianças. Um lugar de aprendizado virou cenário de um ataque brutal que não pode ser esquecido. Não pode ser esquecido justamente para evitar que novos episódios de violência e tamanha crueldade se repitam. O que parecia ser apenas cena de filme está cada vez mais perto de nós e demanda uma ação urgente.

Embora a violência nas escolas não seja um tema novo, fato é que casos como o de Blumenau acendem alertas para todas as instituições de ensino, famílias e governos. O problema é grave e precisa ser tratado com prioridade para garantir que alunos, professores e funcionários de escolas não sejam mais vítimas da violência. Em Venâncio Aires, órgãos de segurança, Prefeitura, escolas públicas e privadas, grupos de pais debatarem, ao longo desta semana, medidas que prometem ampliar a proteção no ambiente escolar. Além de ações práticas, como o reforço de patrulhamento, controles de entrada e saída de pessoas, câmeras e protocolos de segurança, é preciso avançar na elaboração de políticas que promovam a paz na sociedade e nas escolas. Não podemos deixar o discurso do ódio, o preconceito, as drogas e armas invadirem as escolas. Nesta lista estão o bullying, os desafios virtuais e os chats anônimos, que têm participação significativa nesta escalada de atos violentos. Logo, a saúde mental é um dos fatores mais importantes neste debate.

Precisamos de relações mais humanas e de comunidades mais participativas. Precisamos falar sobre o que aconteceu em Blumenau justamente para poder chamar atenção de todos, dos alunos, dos pais, professores e gestores públicos. Uma cultura de paz se constrói com valores e atitudes. Precisamos de mais convívio familiar e relações saudáveis. Mais diálogo e respeito.