Tradicionalmente, os primeiros meses do ano são marcados pelo início da safra nas indústrias de tabaco de Venâncio Aires e região. O processo de compra, o trabalho de beneficiamento do produto e a exportação do tabaco movimentam o município, que tem as indústrias tabacaleiras no topo do ranking das maiores empresas por Valor Adicionado Fiscal (VAF).

Para as cerca de 3.530 famílias produtoras de tabaco em Venâncio, este período é marcado pela comercialização da produção e a recompensa pelo trabalho no campo, de sol a sol, encerrando a safra. Para este ano, a projeção da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), seguindo tendência das últimas três safras, é de uma procura maior que a oferta, o que gera vantagem ao produtor, apesar de nem sempre compensar a perda na produtividade causada pelo pelo clima.

No último ano, a chuva e umidade excessivas prejudicaram a produção. Mesmo em meio às dificuldades, agricultores seguem dedicados à cultura, com cada vez mais inovação, diversificação de cultura e responsabilidade ambiental, princípios que têm sido incentivados pelas empresas.

Nas indústrias, o início da safra de tabaco representa a criação de milhares de empregos temporários e movimenta uma série de outros prestadores de serviço. A previsão, para toda a região do Vale do Rio Pardo, é de cerca de 12 mil contratações, considerando efetivos e safreiros. Especificamente em Venâncio, devem ser em torno de 5 mil safreiros, a exemplo do ano passado.

Do produtor rural ao orientador agrícola, do profissional da destala ao operador de empilhadeira, essas milhares de pessoas contribuem para a qualidade do tabaco cultivado e beneficiado na região. São protagonistas da cadeia produtiva que culmina com a exportação, gera renda e retorno financeiro ao Município.