A gente vive torcendo para que a eleição seja tranquila, para que não deixe traumas na sociedade, mas definitivamente ninguém está preparado para isso. Quando a coisa aperta – e é isso que parece que vamos ter, uma disputa acirrada entre pelo menos dois dos quatro candidatos a prefeito -, cada grupo usa dos artifícios que tem para diminuir o outro. E, quando este tipo de postura é adotada, lá se vai o discurso da apresentação de propostas em alto nível no sentido de convencer o eleitor. Não que seja uma surpresa, mas a gente sempre alimenta um pontinho de esperança de que podemos ter uma disputa decente, digamos.
Em que pese o fato de que eventuais deslizes da vida política possam ser utilizados pelos adversários, é muito ruim depararmos com fotos e vídeos que denigrem a imagem pessoal dos candidatos. Já tivemos o episódio do boneco no trevo de acesso à cidade, na RSC-287, e agora temos publicações em redes sociais que são de um exagero imensurável, pois colocam em xeque a honra dos postulantes ao cargo máximo da Capital do Chimarrão. Muito se fala que as pessoas de bem precisam entrar para a política, que as mulheres têm que se apresentar mais para concorrer a funções eletivas, mas quantos nem ventilam esta possibilidade por temor de terem sua intimidade exposta por anônimos na rede mundial?
Quem acompanha a política sabe do que estou falando. E não quero aqui defender este ou aquele, contudo fazer a minha parte para que a eleição não seja motivo para que as pessoas passem a se odiar, para que famílias deixem de se reunir, para que amigos virem inimigos. Cada um tem as suas preferências e, como estamos em um país democrático, todos são livres para expor suas opiniões. Não é necessário, no entanto, querer fazer lavagem cerebral nos outros ou atacar desvairadamente quem está no lado oposto. A linha entre superar um desafio com seus próprios méritos e virtudes e a obstinação pelo poder é tênue e, vira e mexe, há resvalos perigosos. Pensemos nisso, pois no dia 7 de outubro todos teremos que trabalhar, tanto os eleitos quanto os que retornam às suas atividades.
Gilberto resolve rebater críticas
Gilberto dos Santos (MDB) ouve em quase todas as sessões críticas à sua atuação na Secretaria de Desenvolvimento Rural. Normalmente, não responde às manifestações dos vereadores de oposição, mas na reunião legislativa de segunda-feira, 16, resolveu rebater os colegas que o atacaram. Afirmou que “vocês não precisam ter pena de mim, porque a minha parte eu fiz quando estava na secretaria”. Também aproveitou para voltar no tempo e lembrar que, quando era presidente da Câmara de Vereadores, “tinha que mandar R$ 50 mil todo o mês para a compra de óleo diesel, e o secretário era o Renato [Gollmann, na época no PTB e atualmente no Podemos]”. Durante a semana, perguntei a Gilberto o que o levou a mudar a postura em relação às críticas. “Eu procuro não me envolver em polêmica, mas também não posso deixar que falem o que quiserem”, disse.
Rapidinhas
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A previsão indica que teremos tempo firme no domingo, 22, e, com isso, certamente veremos a região central mais uma vez tomada pelos simpatizantes das quatro chapas que concorrem à Prefeitura. Não é de agora que as coligações medem forças nos bandeiraços e vai acontecer de novo, sem dúvida.
- A campanha entra na sua reta final. Faltam poucos dias para a maior novidade do pleito deste ano: o debate da Folha do Mate e Terra 105.1 FM no Clube de Leituras, no dia 3 de outubro, uma quinta-feira, com presença de público. Lembrando que, no dia 4 (sexta-feira), Folha do Mate, Terra FM e Instituto Methodus divulgam a última pesquisa de intenção de voto para prefeito.
- Na edição do dia 5 de outubro (sábado), já teremos a repercussão do levantamento com Cândido Faleiro Neto (PT), Giovane Wickert (PSB), Jarbas da Rosa (PDT) e Maciel Marasca (PP). E aí estaremos todos no aguardo do domingo, 6, quando os eleitores venâncio-airenses vão às urnas.
- Não são apenas os candidatos à majoritária que ficam de olho nas pesquisas para traçarem – ou reverem – as estratégias de campanha. Os postulantes à Câmara de Vereadores também ficam espertos para verem se aparecem entre os citados no levantamento e, também, para analisarem as condições para se elegerem. O pleito, normalmente, reserva alguma surpresa, então ninguém quer ficar para trás e, ser visto, é ser lembrado.
