Tchê Garotos fará show de encerramento do festival (Foto: Divulgação)
Parque do Chimarrão recebe neste sábado, a partir das 20h, a apresentação das dez músicas classificadas nesta sexta-feira, 22, para a final do 12° Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo. A entrada do evento é gratuita.
Entre as músicas que serão apresentadas no ginásio Poliesportivo está a ‘Rega a semente nessa terra’, de Eduardo Natan Vaz, 29 anos, morador de Venâncio Aires. Isso acontece porque, segundo o regulamento do festival, uma música da cidade que sedia o evento é automaticamente enviada à final. Para o gerente de Promoção Social do Sescoop/RS, José Zigomar dos Santos, a expectativa para o evento é muito positiva. “Primeiro pelo acolhimento que tivemos aqui na cidade desde o primeiro momento que falamos sobre o festival, em 2018. A cidade, as cooperativas, a Prefeitura e a comunidade nos acolheram”, destaca.
Santos observa que o festival é totalmente gratuito e terá a presença de músicos de renome do Rio Grande do Sul. “Todo evento é um espetáculo por si só. Quem prestigiar vai verificar que cada momento é uma surpresa e cada música é um espetáculo a parte”, salienta. “Nós estamos felizes e queremos que as pessoas tenham essa oportunidade de prestigiar o evento que é para toda a família”, completa.
“Esse evento foi preparado com muito entusiasmo e carinho para que esse espetáculo seja especial para a comunidade de Venâncio Aires.”
JOSÉ ZIGOMAR DOS SANTOS – Gerente de Promoção Social do Sescoop/RS
COOPERATIVISMO
O gerente de Promoção Social do Sescoop/RS explica que o festival é uma forma de ensinar o cooperativismo. “No lugar dos professores, temos os cantores e no lugar da sala de aula, está a plateia”, compara. Além de incentivar a música, o evento também é um momento para promover os princípios e valores através dessa arte. “Nos dias de hoje, as pessoas estão menos dispostas para uma aula ou um curso convencional, precisamos transmitir aprendizado e conhecimento de alguma forma e a música é uma das melhores ferramentas. Todo mundo gosta de música”, destaca.
Essa é a primeira vez que o município sedia o festival realizado pelo Sescoop/RS, com o apoio da Prefeitura Municipal de Venâncio Aires, Escola do Chimarrão e com a participação das cooperativas Cooprova, Coopeva, Uniodonto VTRP, Sicredi Vale do Rio Pardo, Certaja, Languiru, Dália, Certel, Sicoob Valecredi Sul, Unimed VTRP e Arla.
PREMIAÇÃO
O julgamento das dez composições classificadas para a etapa final são de responsabilidade da comissão avaliadora, que analisará cada composição, de acordo com sua letra, melodia e interpretação. A nota é composta por 35% da letra, 35% de melodia e 30% de interpretação. Além disso, os dez participantes são classificados em colocação de 1° ao 10° lugar com premiação em dinheiro. Haverá também uma votação em cédula para eleger a ‘Música mais popular do festival’, a qual receberá R$ 2 mil de premiação.
PREMIAÇÃO
1° lugar – R$ 8 mil e troféu
2° lugar – R$ 7,5 mil e troféu
3° lugar – R$ 7 mil e troféu
4° lugar – R$ 6,5 mil e troféu
5° lugar – R$ 6 mil e troféu
6° lugar – R$ 5,5 mil e troféu
7° lugar – R$ 5 mil e troféu
8° lugar – R$ 4,5 mil e troféu
9° lugar – R$ 4.250 mil e troféu
10° lugar – R$ 4 mil e troféu
Terra FM e Folha do Mate
A Terra FM transmite, neste sábado, a final do Festival, a partir das 21h. A ancoragem do programa ficará a cargo de Jairo Bola, com reportagem de Cristiano Wildner e comentários de Saul Zart, responsável pelo Departamento Cultural da Secretaria de Cultura e Esportes da Prefeitura de Venâncio Aires. Além do dial 105.1 FM, também haverá transmissão em vídeo pela fanpage no Facebook da Terra e Folha do Mate. A filmagem será feita por Filipi Back.
Comunidade, professores e estudantes levaram cartazes e vestiram camisas pretas durante a manifestação. (Foto: Taiane Kussler/Folha do Mate)
A rua Osvaldo Aranha ficou movimentada a partir das 10h deste sábado. Profissionais da educação, estudantes e a comunidade em geral se reuniram em defesa de uma educação pública de qualidade e melhores condições no ensino.
Os participantes se encontraram na esquina das ruas Osvaldo Aranha e 15 de Novembro e caminharam pela rua principal de camisetas pretas e com cartazes, solicitando respeito, dignidade e consciência, por parte dos governantes do estado.
Entre as reivindicações contra o governo, foram citadas a mudança no plano de carreira dos professores, parcelamento de salários e violação dos direitos adquiridos.
A caminhada foi encerrada em frente à Igreja Matriz São Sebastião Mártir, onde foram realizados discursos de alunos e professores.
Cada trabalhador terá de habilitar o documento, com a criação de uma conta de acesso (Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate)
*Com informações Assessoria de Imprensa Prefeitura de Venâncio Aires.
O serviço de encaminhamento de Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), em papel, está com os dias contados. No Rio Grande do Sul, o prazo é dia 13 de dezembro. A partir desta data, os trabalhadores terão acesso somente à versão digital do documento.
Em Venâncio Aires, a Agência FGTAS/Sine já faz o trabalho de orientação ou oferece o espaço para o trabalhador fazer sua carteira digital. “Encaminhamento do documento com papel, até o dia 13, só para quem realmente não tem acesso à internet e celular”, explica o coordenador local do Sine, Adriano Costa.
Ainda conforme ele, mesmo depois dessa data, o trabalho no Sine continuará. “Embora não tenha orientação sobre isso, continuaremos auxiliando pessoas que não têm acesso à internet. Mas, de qualquer forma, todos precisarão, em algum momento, de acesso individualizado, porque é preciso uma senha pessoal.”
O coordenador do Sine alerta ainda que, os trabalhadores que já têm sua carteira física, também vão ter de fazer a digital. “Todo mundo precisa fazer, até porque as empresas vão contratar pelo eSocial, acessando apenas o CPF.”
ACESSO
O acesso ao documento digital deve ser feito através de um computador ou celular com internet. O documento pode ser acessado por meio do site do Governo Federal ou baixado, gratuitamente, pelo aplicativo disponível nas lojas virtuais Play Store e App Store. No momento da contratação, o trabalhador precisará informar somente o número do CPF.
EMPREGADOR
Para o empregador, as informações prestadas no eSocial substituem as anotações realizadas anteriormente no documento físico.
Caso não tenha todos os dados nesse momento, poderá enviar imediatamente o evento S-2190 (Admissão Preliminar), que possui informações simplificadas, e depois complementar os demais dados com o evento S-2200, respeitando os prazos previstos no Manual de Orientação do eSocial.
O envio dessas informações ao eSocial terá valor de assinatura de carteira. O trabalhador poderá ver o contrato de trabalho na carteira digital 48 horas após o envio da informação.
Utilização da carteira em papel
Dados já anotados referentes aos vínculos antigos
Anotações relativas a contratos vigentes na data da publicação da Portaria em relação aos fatos ocorridos até então
Dados referentes a vínculos com empregadores ainda não obrigados ao eSocial
Os trabalhadores que já possuem a Carteira de Trabalho em papel deverão conservar o documento para eventual necessidade de comprovação de tempo de trabalho anterior
A promoção ‘Meu Natal da Sorte’, iniciativa do Na Pilha!, da Folha do Mate, vai presentear os estudantes de uma forma diferente, neste ano. A equipe vai promover um evento de comemoração do fim do ano letivo para uma turma.
A inscrição deve ser feita por um professor, que precisa enviar uma foto ou vídeo dizendo por que a sua turma merece receber um Natal da sorte para napilha@folhadomate.com.br, até dia 9 de dezembro. Podem participar escolas da cidade e do interior de Ensino Fundamental e Médio. A turma escolhida receberá um evento com música, brindes, lanche especial e muita diversão.
A editora de cadernos da Folha do Mate, Juliana Bencke, lembra que a primeira edição do ‘Meu Natal da Sorte’ foi realizada no ano passado, quando foram selecionadas cartinhas de crianças e adolescentes com pedidos de presentes de Natal. “Neste ano, decidimos inovar com uma ação que pudesse beneficiar mais estudantes. O objetivo é promover um momento de integração e diversão para uma turma de alunos, com lanche especial, música e distribuição de brindes, na reta final do ano letivo”, afirma.
Juliana destaca que para a realização do evento, além da equipe do Na Pilha!, serão feitas parcerias com outras empresas.
Inscrição deve ser feita pelo professor da turma por meio do e-mail napilha@folhadomate.com.br. É preciso enviar um texto ou vídeo respondendo por que a sua turma merece receber o ‘Meu Natal da Sorte’.
Cadastro para utilizar o aplicativo pode ser feito na matriz do supermercado, no bairro Macedo (Foto: Divulgação)
O Supermercado Frey e a rede Mini Frey, que contempla cinco minimercados em bairros e no interior de Venâncio Aires, contam com uma nova modalidade de compras a prazo desde a sexta-feira, 22. Trata-se de um aplicativo próprio para celular Android que pode ser utilizado em toda a rede Frey para compras dentro do mês e pagamento no mês subsequente.
Denominado FreyCred, o aplicativo é uma forma segura e facilitada de autorizar compras a prazo e é o primeiro aplicativo de compras habilitado em um supermercado de Venâncio Aires. Para ter acesso, basta o cliente se cadastrar no mercado Frey matriz, no bairro Macedo, baixar o aplicativo e começar a comprar.
Idealizador do aplicativo, Everton Frey explica que a instalação e manuseio do programa são muito fáceis. “O cliente faz o cadastro apenas uma vez com a apresentação de documentos, baixa o aplicativo e recebe na hora as instruções. Em seguida, ele pode fazer normalmente suas compras e, no caixa, após o registro das compras, a forma de pagamento será pelo aplicativo. O app faz a leitura de um QrCode no caixa e o cliente recebe a notificação do valor e local da compra”, detalha.
Ele explica, ainda, que aplicativo permite que o cliente acompanhe em tempo real quanto já gastou no mês, quanto ainda tem de crédito para comprar e imprima o boleto na data de pagamento.
Além de o App oferecer total controle das compras, ainda é possível cadastrar pessoas dependentes para comprar na sua conta. Para pagar a fatura é possível escolher a melhor data entre os dias 1º e 10 do mês, emitir o boleto e pagar em qualquer rede bancária. Outra opção é se dirigir até uma das lojas conveniadas para pagamento sem emissão do boleto. Everton Frey revela ainda que, em breve, o aplicativo contará com mais novidades.
Laura, Tauana e Tatiana integram a atual corte do balneário (Foto: Foto Visão/Divulgação)
Ocorre neste sábado, a partir das 19h, o Luau de escolha das Soberanas do Balneário Paraíso. Ao todo, sete candidatas disputam a faixa de soberana e princesas. Os ingressos ainda podem ser adquiridos por R$ 10 com as candidatas. Na hora a entrada será comercializada pelo mesmo valor. A candidata que mais vender ingressos garante um ponto extra no concurso.
Segundo um dos organizadores, Jairo Bencke, o intuito é promover o turismo, a cultura, o lazer e também mostrar a beleza da mulher da região. “Este ano, em formato de Luau, nossa ideia é que após o concurso os convidados e presentes possam se divertir e dançar”, destaca.
Haverá desfile de moda com a Loja Pérola e animação com a Áudio Vip, Dj Markinhos e Dj Fernando Fengler. As eleitas irão receber a faixa da atual Soberana do Balneário Paraíso Tauana de Freitas e das princesas Laura Cristina Hergesse e Tatiana Silveira, além de coroas, flores e mimos. A soberana do Balneário será agraciada também com uma viagem para Gramado oferecida pela Venatur.
SOBERANINHA
Ocorre também durante o Luau a coroação de Valentina Bencke, 9 anos, como Soberaninha do Balneário Paraíso. Nesse ano, Valentina tem como missão representar o local em concursos infantis . No entanto, para o próximo ano, a meta é criar a categoria no concurso realizado pelo balneário, com candidatas de 7 a 12 anos.
Gabriele Inês Gollmann Dörr, 21 anos. Filha de Renê e Adriana Döor
Inajara Gabriela Pires Cicheleiro, 21 anos. Filha de Genoir Cichelero e Regina Pires
Elen Eduarda Rodrigues Posselt, 16 anos. Filha de Alexandre Altair e Cristina Beatriz Rodrigues
Karolain Vogt Xavier, 19 anos. Filha de Pedro Xavier e Benilda Vogt Freeze
Katiéle dos Santos Pastório, 19 anos. Filha de Sebastiana Regina dos Santos e Rudimar Pastório
Jéssica da Silva Rodrigues, 22 anos. Filha de Geraldo Rodrigues e Vera Lúcia Freitas da Silva
Natalia Luiza dos Santos, 18 anos. Filha de Pedro Gilmar dos Santos e Suzana dos Santos
Integrantes das comissões trataram de vários detalhes na organização da festa (Foto: AI Prefeitura)
Integrantes das sete comissões que trabalham na organização da 3ª Festa das Orquídeas encaminharam detalhes importantes para a realização do evento em dezembro, nos dias 6, 7 e 8 de dezembro. A reunião, com a presença do prefeito Carlos Alberto Bohn, ocorreu na sede da Câmara de Vereadores.
A presidente da festa Lizete Sebastiany destacou a importância dos últimos detalhes. “É a reta final da organização e divulgação. Momento decisivo para realizar uma grande festa”, disse. A abertura oficial ocorrerá na sexta-feira, 6, às 19h. No primeiro dia o grande destaque é o grupo Tholl com o espetáculo ‘No Natal Daquele Ano’.
A feira comercial, através da Lume Eventos, está concluindo a ocupação dos espaços. Dos 61, restam apenas oito pontos, inclusive com empresas na fila de espera e negociações em andamento. O objetivo é confirmar sempre duas empresas para cada segmento. A praça de alimentação já está com todos os espaços reservados.
A adesão dos empresários locais foi considerada positiva com participação de 17 empresas, totalizando 21 espaços. A montagem da estrutura na Seubv e Estádio da Montanha terá início na próxima semana acompanhando o trabalho de decoração da cidade.
Vice-presidente Evandro Lenhart, presidente Lizete Sebastiany e prefeito Carlos Alberto Bohn (Foto: AI Prefeitura)
TURISTAS
A expectativa é para uma grande presença de público nos três dias da festa. Famílias interessadas em ofertar acomodações para turistas podem entrar com contato com a comissão organizadora. Outra atração confirmada na Festa das Orquídeas é a Escola do Chimarrão com apoio da Bio Mate.
DIVULGAÇÃO
A rainha Vanessa Jung e princesas Jéssica Zarth e Karine da Luz seguem na divulgação do evento. Neste sábado, 23, elas estarão participando da Exposição de Orquídeas em São Leopoldo e da 7ª ExpoCruzeiro e Festa do Aipim, Encontro de Soberanas no Restaurante Casa do Morro, Cruzeiro do Sul.
AGROINDÚSTRIA
Treze agroindústrias familiares (total de 15) já confirmaram presença representando Mato Leitão, Santa Clara do Sul, Teutônia, Arroio do Meio, Bom Retiro do Sul, Vera Cruz, Pantano Grande e Passo do Sobrado. A feira contará com embutidos, sucos, derivados de cana, geléias, molhos, doce de frutas, salgados de aipim e batata doce, conservas, mel e panificados.
Durante a noite desta sexta-feira, 22, seis vítimas foram rendidas por quatro criminosos em Linha Bela Vista. Os suspeitos chegaram na propriedade vestindo roupas pretas e toucas ninjas e roubaram um celular, armas e uma quantia, ainda não revelada em dinheiro.
De acordo com o delegado, Vinícius de Assunção, os proprietários da casa (pai, mãe e filho) receberam um telefonema e se deslocaram até a propriedade. Quando chegaram no local, os criminosos já haviam rendido o cuidador dos animais, que estava na residência.
As quatro vítimas foram amarradas com fitas adesivas, com os braços para trás, com exceção da mulher, que era uma senhora de mais idade.
Por volta das 19h, chegou o morador da casa, que é policial militar, acompanhado do filho, e também foram rendidos junto as demais vítimas.
Conforme o delegado, os criminosos reviraram a residência e furtaram as armas do policial militar. Em busca de dinheiro, eles conduziram duas das vítimas até a casa no centro da cidade. De acordo com o delegado, a quantia que foi roubada pelos suspeitos ainda não foi contabilizada.
Após 40 minutos, as duas vítimas e os dois suspeitos retornaram à propriedade. Os suspeitos, trancaram as seis vítimas numa baia para cavalos e levaram um celular, com a promessa de comunicar os familiares para resgatá-los, o que, segundo o delegado não ocorreu. Os criminosos saíram em fuga em um carro Xsara Picasso, levando o celular, armas e dinheiro.
Após a fuga dos suspeitos, as vítimas conseguiram se desvencilhar das amarras, arrombaram a porta da baia e acionaram a polícia. Todos foram resgatados ilesos.
De acordo com delegado, o caso está sob investigação. Ele acrescenta que, os quatro indivíduos têm entre 20 e 35 anos, sendo que um deles apresenta um sotaque mais próximo da região e os demais, apresentam sotaque da região metropolitana.
Atividades da Assoeva serão retomadas na terça-feira (Foto: Roni Müller/Folha do Mate)
Pela Copa RS de Futsal, Assoeva/Unisc/AM e Sercesa dedidem neste domingo, 24, a partir das 18h, no ginásio Poliesportivo, a última vaga na fase semifinal. Neste sábado serão três os jogos de volta com a definição da primeira semifinal. Quem passar entre BGF, de Bento Gonçalves, e o São Paulo, de Rio Grande, aguarda o vencedor de Assoeva e Sercesa. Do outro lado da tabela, quem passar entre Alvorada e Cruzeiro pega o vencedor de Afucs e ADS.
Para chegar na semifinal, a Assoeva tem uma árdua missão. Terá que vencer a Sercesa no tempo normal. Pode até parecer tudo muito simples mas não é. Equipe de Venâncio Aires tem três desfalques: Dill, Tuiu e Igor Carioca. Em Carazinho, na tarde do feriado, 15, a Sercesa venceu por 4 a 0 o que lhe dá a ampla de vantagem de jogar pelo empate no tempo normal.
A Assoeva necessita da vitória nos 40min. Se vencer transfere a disputa da vaga para a prorrogação de dez minutos. Ninguém joga pelo empate. Se houver a igualdade, decisão por pênaltis.
O técnico da Assoeva, Guilhermo Verfe, conta com o retorno de Mateus Torres. Ao longo da semana os trabalhos foram na busca por duas formações que possam fazer frente ao adversário. A aposta maior da equipe para reverter a situação está na arquibancada. “O apoio do torcedor neste domingo será fundamental para a equipe. A superação neste momento tem que fazer a diferença”, destaca o comandante.
Apitam Assoeva x Sercesa, Jean Pierre Mendes e Juliano Quadros. O Anotador será Pedro Emílio Pomar e o Cronometrista Elton Nelio Neumann. O Representante de Quadra será César Kniphoff.
O valor do ingresso antecipado para o jogo deste domingo é R$ 10. O atendimento na tenda da Assoeva, neste sábado, no calçadão da Osvaldo Aranha, será das 9h às 16h. Na bilheteria do ginásio, domingo, o valor será de R$ 15.
Mercados e açougues já percebem a alta no preço da carne e tendência é que suba ainda mais, consequentemente com repasse aos consumidores (Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate)
A elevação do preço da carne, principalmente bovina, já é percebida no bolso do consumidor. A possibilidade de que esse aumento permaneça no início de 2020 preocupa também produtores e comerciantes. Cresceu muito a demanda da China por carne de frango e bovinos, uma vez que seu rebanho suíno foi atingido pela peste africana, que avança pelo Vietnã e outros países asiáticos e chega às fronteiras da Rússia, outro gigante no consumo de carne suína.
Além disso, existe o período de entressafra, que ajuda a reduzir a oferta de gado nos campos. Alguns cortes já tiveram reajustes nos valores, aponta pesquisa da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Nas primeiras semanas de novembro se confirma a tendência de alta nos preços das carnes, com destaque para a costela suína e o coxão de dentro bovino.
EXPECTATIVA
O diretor comercial da rede Super Lenz, Roderlei Lenz, informa que a tendência é de que o aumento no preço chegue em dezembro a pelo menos 35%. “A elevação no preço das carnes atinge todas as variedades, mas principalmente rês”, diz. Ele destaca também que a carne suína teve elevação, mas com menos intensidade se comparado com outubro. A média de elevação está em torno dos 25%, enquanto que a carne de frango tem aumento de 20%. “Apesar da época de fim de ano ser um período com maior consumo de carne, pode ocorrer uma diminuição por cortes diversos na carne bovina e suína”, destaca.
Reflexo imediato e tendência de mais aumento
Diretor do Frigorífico Kroth, Fábio Kroth confirma a majoração no preço da carne em função da disparada das exportações para a China. “É uma grande demanda, de uma hora para a outra, daí temos este reflexo imediato”, esclarece. De acordo com ele, o mercado externo é mais lucrativo para as plantas autorizadas a realizar as operações. “O abate para exportação cresceu muito. E, como o produtor identifica esse aumento de demanda, passa a cobrar mais pelo produto. Aí todos repassam adiante”, explica.
Segundo Kroth, a tendência é de que o preço continue subindo. “Não tem teto. Quem vai dizer até quanto pode pagar é o consumidor. Aos poucos, teremos uma redução do consumo, que é o que vai determinar a estabilização do valor”, comenta. O diretor ressalta que “o mercado está agitado e os percentuais de aumento ainda devem ser repassados nos próximos dias”. Kroth não descarta que falte carne nos estabelecimentos comerciais. “O chinês, quando diz que quer alguma coisa, não brincam. É a lei do mercado, quanto mais procura, maior o preço. E a exportação é realmente um negócio da China”, afirma. O Frigorífico Kroth não exporta carne, mas planeja buscar autorização para realizar as operações no futuro.
EXPORTAÇÕES
• O Departamento de Economia e Estatística (DEE) do Rio Grande do Sul observa que houve um crescimento nas exportações gaúchas no terceiro trimestre para a China. Os embarques de carne de frango dispararam 201,1% frente a igual período de 2018. As exportações de carne bovina tiveram alta de 142,4% e a suína alcançou um incremento 111,7%.
No Guarani, os bastidores ganham ares de movimentação. O presidente Sérgio Batista teve dois encontros durante a semana e espera anunciar em breve sua equipe de trabalho para 2020. Ele garante que o clube disputa a Divisão de Acesso (DA) em condições de chegar entre os quatro primeiros, como ocorreu este ano. Batista quer contar com até três vice-presidentes que possam apresentar novas ideias e que tenham capacidade de buscar recursos para a temporada.
Motivação
A Assoeva pode e deve se classificar às semifinais da Copa RS de Futsal. O título vale vaga na Copa do Brasil de 2020. O grupo está com muitos desfalques, mas parece inconcebível o campeão gaúcho ser eliminado por uma equipe montada apenas para esta competição. Resta saber qual o grau de motivação por parte dos atletas para vencer e seguir a busca pelo título. Em condições normais o favoritismo é da Assoeva.
Zebra
O time de Guilhermo Verfe pode se espelhar e se vacinar após a eliminação da multicampeã ACBF na Liga Gaúcha para o Marau. Depois de aplicar 9 x 1 no tempo normal, o time laranja perdeu nas cobranças de pênaltis com erro de Valdin. No futsal o inesperado acontece.
Decisões
Veteranos e titulares da Assespe iniciam neste domingo a busca de dois inéditos títulos para a comunidade de Grão Pará. O futebol amador de Venâncio Aires volta a figurar entre as principais cidades dos Vales. Recentemente o Flor de Maio sagrou-se campeão regional e a Assespe está perto de repetir a façanha, desta vez em duas categorias.
Um minuto
# Como esse pessoal gosta de noticiar e comentar tragédia. Parece que a vida do famigerado Gugu vale menos do que a morte. Se não morreu, a notícia perdeu a graça.
# Quero parabenizar o compadre Rodrigo Selzler pelo início das atividades na Cresol. Ele e mais três colegas irão comandar mais uma cooperativa de crédito rural aqui no Município.
# A Cresol de Venâncio é a primeira sede a se instalar no Vale do Taquari e Rio Pardo.
Com 188 lotes, condomínio ficará às margens da RSC-453. (Foto: Divulgação)
Pela primeira vez,Venâncio Aires irá receber um condomínio fechado. O estabelecimento será construído no bairro Industrial, às margens da RSC-453, no quilômetro 2,2 e contará com 188 lotes, cada um com aproximadamente 400 metros quadrados, em uma área total de 10 hectares.
O pré-lançamento do residencial Blumen Garten ocorreu na noite de terça-feira, 19, no Clube CTA. O empreendimento, que está a cargo da PAS Participações, de Santa Cruz do Sul, terá um investimento superior a R$ 10 milhões.
Com 188 lotes, condomínio ficará às margens da RSC-453 e todas as ruas internas serão asfaltadas. (foto: Divulgação)
Com acesso pela rua Djanir Hausen de Oliveira, o Blumen Garden terá opções de lazer, área verde e espaço para recreação, entre outras opções. O condomínio fechado de alto padrão foi planejado para proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas que priorizam a segurança e a tranquilidade para viver em família.
Acesso ao condomínio será pela rua Djanir Hausen de Oliveira, no bairro Industrial. (Foto: Divulgação)
De acordo com o diretor comercial da PAS Participações, Fagner Schwengber, este formato residencial tem como objetivo promover o bem-estar de toda a família. “A proposta do novo empreendimento é fazer com que as pessoas tenham mais liberdade e tranquilidade para fazer aquilo que têm vontade. A ideia é fazer com que os moradores vivam livres de grades e muros e que as crianças possam se divertir com segurança. Este é um dos conceitos básicos de um condomínio fechado”, comenta.
Salão de festas para 60 pessoas com espaço gourmet integra o residencial. (Foto: Divulgação)
Segundo ele, Venâncio Aires foi escolhida para a construção do Blumen Garden porque comporta um condomínio fechado. “O município carece de empreendimentos imobiliários neste formato, apesar de ainda não ter este costume. Há poucos lugares centrais disponíveis para o município crescer e a Capital Nacional do Chimarrão tem potencial para receber este tipo de investimento”, salienta.
Há aproximadamente um ano, a PAS Participações trabalha no projeto, que começará a ser construído nos próximos dias, com prazo de conclusão em 24 meses. “O primeiro passo é investir nas obras de construção civil, terraplanagem, esgoto, água, luz, pavimentação, estrutura de lazer, e por fim, o paisagismo. Pretendemos finalizar o processo dentro deste prazo de execução”, afirma o diretor comercial da PAS. Segundo Schwengber, a Prefeitura de Venâncio Aires irá realizar o alargamento da via de acesso ao condomínio.
Espaços de recreação e ruas internas asfaltadas fazem parte do projeto. (Foto: Divulgação) Piscina adulto e infantil integra o espaço de lazer e convivência do condomínio. (Foto: Divulgação)
INFRAESTRUTURA DO CONDOMÍNIO
Vigilância 24 horas
Terrenos amplos a partir de 360 metros quadrados
Área murada
Localização com acesso privilegiado
Salão de festas para 60 pessoas com espaço gourmet
Áreas de lazer e espaços de convivência
Quiosques com churrasqueira Campo de futebol society
Piscina aberta adulto e infantil
Playground para as crianças
Quadra de padel
Ruas internas asfaltadas
Áreas verdes de convivência
Para investidores, Venâncio tem potencial para o empreendimento
Dirceu Henkes, Paulo Pohl e Décio Henkes, empresários responsáveis pela realização do empreendimento. (Foto: Taiane Kussler/ Folha do Mate)
Segundo um dos investidores do Blumen Garten Condomínio, o empresário Dirceu Henkes, há muito tempo já estava nos planos inaugurar um condomínio fechado em Venâncio Aires. Para ele, o município está muito bem localizado geograficamente e este é um dos fatores importantes para se investir, porque está situado entre dois polos desenvolvidos, entre os municípios de Santa Cruz do Sul e Lajeado. “O investimento contempla o município, que já apresenta grande potencial, e além disso, queremos investir na nossa região, porque somos daqui”, afirma o empresário. “Queremos oferecer um espaço diferenciado às famílias, que priorizam o conforto e a segurança para viver bem”, enfatiza.
De acordo com o diretor da Construtora PAS, Paulo Pohl, Venâncio Aires é uma cidade estratégica. “O município apresenta várias características interessantes para investir, entre elas, a formação étnica, o belo aspecto urbanístico e a vida comunitária, além de ser destaque nacional pela realização da tradicional Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim) e indústria pujante na área fumageira. Queremos brindá-la com um espaço urbano que contemple tudo isso”, salienta o empresário, que possui mais de 35 anos de experiência na área.
Blumen Garten
O condomínio Blumen Garten, que em português significa Jardim das Flores, foi inspirado nos centros residenciais europeus, que apresentam jardins, uma vasta área verde e grandes jardins. Os espaços trazem segurança e tranquilidade pois são projetados para proporcionar mais qualidade de vida e bem-estar para aqueles que residem no local.
“Pretendemos oferecer tudo que um ‘mega’ condomínio tem, mas de forma mais enxuta e economicamente viável dentro da nossa expectativa de mercado, suprindo esta lacuna, ao proporcionar conforto, segurança e lazer aos venâncio-airenses.”
PAULO POHL – Diretor da PAS
Como adquirir o imóvel?
Após o pré-lançamento do residencial Blumen Garten, as reservas já podem ser realizadas nas imobiliárias de Venâncio Aires cadastradas.
Os lotes disponíveis para venda variam de tamanho e as residências podem ser planejadas de acordo com a preferência de cada cliente. “Um dos pré-requisitos para a construção é que o imóvel tenha, no mínimo, 120 metros quadrados de área privada”, explica o diretor comercial da PAS, Fagner Schwengber.
Fachada antiga da casa da família Chaves, antes de ser reformada. É no interior de Mato Leitão que, no século XIX, quilombolas teriam sido acolhidos e trabalhado com erva-mate (Foto: Arquivo pessoal)
Quando se fala da história da população negra no Brasil, a memória remete (naturalmente ou exclusivamente) a Zumbi dos Palmares. Qualquer um que tenha passado pela formação básica da escola estudou sobre aquele que virou símbolo de resistência e luta contra a escravidão no Brasil e que foi morto num 20 de novembro, há mais de 320 anos.
Mas, o que mais depois disso? Essa pergunta é difícil de ser respondida. Mais difícil ainda porque no Jornalismo se trabalha com fatos e fato é que ainda são escassos ou pouco divulgados os registros documentais da história dos afrodescendentes.
Do que se tem, está descrito em pesquisas mais recentes, com base no que se ouviu de gente que já se foi. Na história oral que talvez esteja esquecida nas próprias famílias e em registros que nunca existiram ou foram forjados há tempos. Às vezes, meros fragmentos na Literatura e na imprensa, seja por tamanho ou pouca divulgação.
Se essa é uma realidade nacional, no contexto local não é diferente. Vale a ressalva e o destaque a trabalhos de resgate que vêm sendo feitos por escolas e entidades como a Associação Négo e a ONG Alphorria. Mas mesmo para quem tem atuado nessa busca, é consenso que ainda existe uma dificuldade para confirmar pontos específicos. Uma das lacunas é sobre a formação de quilombos (como os dos períodos colonial e imperial), no atual território de Venâncio Aires. Existiram ou não?
Na busca de respostas, aqui também estão outras histórias de famílias que merecem ser lembradas e são parte importante na formação do município. Se houver dúvida, que possa ser uma espécie de provocação: quem souber de algo, ajude a registrar, para que nada seja perdido ou esquecido.
Um quilombo (ou quase) em Vila Santo Antônio
Randolfo Rodrigues Chaves (1850-1930) já era adulto quando veio de Passo Fundo, a cavalo, trazendo uma muda de erva-mate e a plantou no barro vermelho do então distrito de Santo Amaro. Eram os tempos findos do Brasil Império e poucos anos antes da abolição da escravatura. Foi no atual território de Mato Leitão, onde se formou a Vila Santo Antônio, que Chaves construiu sua casa e morou com a esposa Anna e os cinco filhos.
Randolfo Chaves, produtor de erva-mate, está enterrado no cemitério de Santo Antônio (Foto: Arquivo pessoal)
Randolfo, que chegou a ter escravos depois de os comprar em Porto Alegre, mantinha negros e brancos trabalhando como agregados, para ajudar nas lavouras de erva-mate. “O pai contava que o bisa chegou a ter 38 pessoas trabalhando com ele”, relata Nilson Rodrigues Chaves, 71 anos.
Ele é bisneto de Randolfo e as histórias que ouviu foram contadas pelo pai Adão, já falecido. Este, contava também da boa relação entre patrão e empregados. Para aqueles que trabalhassem bem, depois de um certo tempo, lhes dava um pedaço de terra. “Ninguém nunca falou que ele foi um homem mau. Mesmo antes de 1888, sempre procurou recompensar quem trabalhava.”
O relato de Nilson é sobre a fama de ‘bom patrão’ de Randolfo que se espalhou até os rios Taquari e Jacuí. Daí, vem a ideia de que escravos, fugindo do vasto território de Rio Pardo, se refugiaram por aqui. Por ele os ter acolhido, dizem que pode ter se formado um quilombo naquelas redondezas.
PESQUISAS
Essa versão também foi relatada ao professor de História, Jair Luiz Pereira. Segundo sua pesquisa, feita no fim da década de 1990 e que pode ser conferida em livros como “Abrindo o baú de memórias” e “Buscando raízes”, esses possíveis quilombolas fugiram de uma região que fica entre os atuais limites de Venâncio, Passo do Sobrado e Vale Verde. “Eles vinham cruzando mato até uma fazenda em Santo Antônio, até encontrar refúgio nas terras onde plantavam erva”, relata Pereira.
Segundo a professora e pesquisadora Viviane Weschenfelder, a ideia de refúgio e acolhida pode, sim, ajudar a conceituar um quilombo. Mas, na maioria dos casos, seria uma acolhida condicionada ao trabalho, recompensado ou não. “Oficialmente, a ideia dos quilombos que remete ao período de escravização, é de que os negros fugiam para alguma localidade e criavam algum espaço de resistência. Onde eram ‘acolhidos’, era estratégico para o patrão, porque precisava de mão de obra.”
CARACTERÍSTICAS
Conforme o professor Jair Pereira, é provável que quilombolas da localidade de Buraco Fundo, atual Vale Verde, se instalaram em Mato Leitão. “Mas o que se sabe, se ouviu. Não tem registro.”
Como vieram fugidos, procuravam apagar vestígios de sua existência e, por isso também, muito do que se tem é suposição e confiança em memórias. Segundo Pereira, a possibilidade de um quilombo em Mato Leitão pode ajudar a explicar a grande presença de negros em Santo Antônio.
Presença essa, que era ainda mais forte até meados do século XX, quando a convivência estreitou as relações e virou coisa de família. “O pai e a mãe e tios tiveram compadres negros. As famílias sempre foram próximas”, conta Vandir Nadir Chavez Zin, 74 anos, bisneta de Randolfo Chaves.
Imagem de Santo Antônio segue em devoção pela família e tem um canto especial na casa de Odecio Antonio dos Santos, também bisneto de Randolfo, atual proprietário da residência (Foto: Débora Kist/Folha do Mate)
SANTO ANTÔNIO
Randolfo Chaves era muito devoto de Santo Antônio. Como foi um dos primeiros moradores da região, é possível que a localidade tenha adquirido esse nome devido à fé católica. Em dos lados da casa, havia a pintura de uma grande imagem e, no pátio ao redor, eram realizadas missas.
O que se diz sobre Vila Santa Emília
Ao traçar o território venâncio-airense no fim do século XIX, grosseiramente se pode afirmar que era tudo ‘uma mesma coisa’ e léguas naquele tempo seriam comparadas, hoje, a poucos quilômetros. Assim, há rumores de que em Vila Santa Emília, também região do barro vermelho, de cultivo de erva-mate e limítrofe com Mato Leitão, tenha sediado um quilombo.
Em uma publicação da Folha do Mate, em 2008, e que se baseou no livro “Colônia de Santa Emília”, de Cláudio Carlos Fröhlich, já se reconhecia que a história da população negra era carente de pesquisa mais aprofundada, mas se sabia que, nas proximidades do Cemitério dos Machado, havia um local chamado “quilombo”, onde se reuniriam, praticavam seu culto e faziam festas, mas sem terem fugido dos donos.
Esse cemitério está ligado à história de família do Capitão Francisco Machado Fagundes da Silveira, um dos primeiros sesmeiros de Venâncio Aires. No campo santo, aliás, há muitos túmulos com sobrenomes como Machado, Fagundes e Bittencourt.
Das poucas lápides legíveis, ainda é possível ver nomes como Machado e Fagundes (Foto: Débora Kist/Folha do Mate)
Da alforria antes de 1888 e do racismo que era fofoca
Se a existência de quilombos na região do barro vermelho pode ser apenas suposição, há outros registros importantes sobre o passado da população negra que merecem destaque. Alguns, inclusive, fazem parte da história da formação do município.
Elaci mantém os escritos com as memórias do avô Amarino da Silva (Foto: Débora Kist/Folha do Mate)
Como a vida de Lucrécia Francisca da Cruz (1856-1936), que teria sido a primeira negra alforriada de Venâncio e cuja ‘liberdade’ foi adquirida antes de 1888. A história dela está ligada à família de Antônio Berlim da Cruz, o mesmo que integrou a primeira junta governativa da cidade, logo após a emancipação política, em 1891.
Fatos sobre Lucrécia estão em escritos do neto, Amarino da Silva (1918-2013) e organizados em um livro ‘caseiro’. Essa publicação é mantida por Elaci Teresinha Vicente da Silva, 56 anos, neta de Amarino e tataraneta de Lucrécia. “O vô sempre contou essas histórias, porque conviveu com ela. E começou a registrar isso em qualquer papel, até em embalagens”, conta Elaci.
Nos escritos de Amarino e que foram relatados ao professor Jair Pereira para sua dissertação de mestrado, está o momento em que Lucrécia não aceitou ser castigada e pediu o preço de sua alforria. “Para conseguir pagar o valor [500 mil réis], começou a fazer doces e vender. Quem ajudou muito ela foi a família do Ferdinando Kunkel, onde foi trabalhar”, destaca Elaci.
TÚMULO DE FORA
Uma história muito interessante foi descoberta pelo professor Jair Pereira, 59 anos, depois de adulto. Ouvindo dezenas de pessoas para sua pesquisa, também foi na oralidade que descobriu detalhes de um caso que lhe chamava atenção quando era criança: o porquê de um túmulo ficar do lado de fora do cemitério da Vila Rica, no bairro Macedo.
“Meu avô Eleuthério Francisco Pinheiro era zelador. Me contavam que um homem chamado Estácio Chaves quis ser enterrado do lado de fora para não ser ‘tocado’ pelo vô, que era negro. ‘Racismo, é por causa de racismo’, diziam as pessoas”, conta Pereira.
Adulto e já no curso de História, ele foi investigar. Pelo o que ouviu, o avô tinha um armazém de secos e molhados na região do atual Acesso Leopoldina, onde Chaves comprava fiado. O dono do armazém confiava, mas outras pessoas teriam dito ao freguês que Eleuthério o chamou de caloteiro.
“A relação piorou quando meu avô trocou o lenço branco pelo vermelho. Isso que ambos chegaram a estar do mesmo lado na política, quando apoiaram Coronel Thomaz Pereira. Toda essa história que seria por causa de racismo, na verdade não passou de uma fofoca.”
Como consequência do mal entendido, Pereira diz que o avô foi perseguido até perder suas terras e o tal Chaves ficou tempo enterrado do lado de fora do Vila Rica, para Eleuthério não lhe tocar. “Quem colocou o túmulo para dentro foi o ex-prefeito Almedo Dettenborn.”
Professor Jair Pereira mostra sua pesquisa onde estudou a comunidade afro na região (Foto: Débora Kist/Folha do Mate)
O interesse pela História
Conhecer a história da sua cidade, por mais jovem que seja (como é o caso de Venâncio Aires) leva tempo. Tempo para pesquisa, para ouvir, para aprender. O pouco que esta matéria talvez trouxe, ainda continua sendo só um fragmento do que representa a participação do negro na formação do município. Sempre esteve e está presente, mas esbarra na falta de protagonismo do que é ‘oficial’.
Das pessoas ouvidas, entre descendentes, professores e pesquisadores, alguns relatos ajudam a reforçar esse fato. Para a professora Clara Bernadete Ferreira Lopes, colaboradora da parte cultural do Négo, a história costuma omitir fatos que a seu tempo considera rebeldia ou contravenção, por isso também existe muita coisa ignorada.
“Eu diria que o acesso é mais difícil. Hoje temos um aumento de obras voltadas às questões étnicas, mas elas ainda não estão ao alcance de todos, seja pela divulgação ou questões financeiras que possibilitem a aquisição. Muitas livrarias não adquirirem porque pensam que não vende, mas estamos interessados cada vez mais na nossa história.”
Já o professor Jair Luiz Pereira entende que há pesquisas sendo feitas, mas que não são devidamente divulgadas. Assim, a história continua escondida ou esquecida. “Como diz aquele provérbio africano: enquanto o leão não tiver seu historiador, prevalecerá a glória do caçador.”