Certamente, viajar está na lista de desejos de boa parte das pessoas. Para o litoral, para a serra, para o outro lado do mundo. E quanto mais se deseja viajar, mais cresce aquele numerozinho ~ou numerozão~ que precisa ser salvo no cofrinho.

Já li em muitos posts com dicas para economizar, a sugestão de dormir em sofás na casa de moradores locais, ou mesmo trabalhar em hostels em troca de hospedagem. Acho que essas e outras dicas são super válidas, mas vamos combinar, nem todo tipo de viagem se encaixa nessas ideias, seja pelo perfil dos viajantes, seja porque você está de férias e quer, sim, um pouco de conforto e ~vida boa~.
Por outro lado, temos inflação, o dólar está alto, o euro também, e a libra ~dá vontade de chorar~, portanto, ficar em hotel requintado e comer em restaurante descolado, também está fora das possibilidades.
Foi pensando nesse meio termo – muito prazer, passo sempre por ele -, que resolvi reunir algumas ideias que podem te ajudar. Abaixo, confira seis dicas para quem deseja ‘gastar menos, para viajar mais’.
1. Monte um roteiro dia a dia, e pontue quanto você vai gastar
Assim como a vida, uma viagem também precisa de planejamento e controle financeiro. Sempre que coloco um destino em mente, minha primeira atitude é montar um roteiro com o dia a dia da viagem. Ali, já organizo o que pretendo fazer em cada dia, anotando, principalmente, as atrações que têm algum custo. Além disso, faço uma projeção de quanto vou gastar em passagem aérea, hospedagem e alimentação. Depois, é só somar tudo, dando uma boa margem (para cima!) para variações cambiais ou imprevistos.
Ficou na dúvida sobre como fazer isso? Eu te explico:
– Roteiro: Digite no Google ‘roteiro em (insira o nome do seu destino)’. Imediatamente vão surgir diversos blogs com roteiros em dois, três, quatro, dez dias… Tire algumas horas e divirta-se navegando pelos conteúdos. Enquanto lê os materiais, já monte o seu próprio roteiro, planejando o que fará em cada dia. Nas atrações pagas, anote o custo.
– Passagem aérea: Geralmente entro em sites de buscas (Submarino Viagens, Decolar, Viajanet) e pesquiso o destino nas minhas datas. Em geral, o preço que aparece lá é bem maior do que a minha intenção de desembolsar, mas aquele valor torna-se uma espécie de meta para ‘bater’. A partir daí, passo a monitorar os preços com bastante frequência (a maioria dos sites disponibiliza uma ferramenta para você cadastrar o seu e-mail e receber alerta de preços baixos), o que torna mais fácil saber quando aparece uma promoção.
– Hospedagem: Utilizo o site booking.com para conhecer as acomodações disponíveis e o preço para as minhas datas. E você pode separar mais algumas boas horas para pesquisar no site, pois preço baixo não deve ser o único parâmetro para a escolha. Antes de escolher o hotel, é super importante pesquisar quais são as melhores regiões da cidade para se hospedar, assim como verificar a existência de transporte público por perto. Outro item fundamental é ler as avalições de hóspedes que já estiveram naquele lugar. Sempre que faço isso, já utilizo os filtros do booking.com e seleciono apenas acomodações com nota oito ou superior.


– Transporte: Quando estiver pesquisando sobre o roteiro e a hospedagem, já estime como será a sua locomoção nos dias de viagem. Carro alugado, metrô, ônibus, táxi, Uber… No seu roteiro, a despesa com transporte já deve estar estimada. Lembre-se, também, de estimar quanto custará o transfer hotel-aeroporto.
– Alimentação: Existe uma regrinha conhecida que manda separar de 50 a 100 (reais, dólares, libras, euros) por dia para comer, por pessoa. Eu sempre me guio pelos 50 diários, e geralmente não chego nem perto disso (vou falar mais abaixo).

Colocadas no papel estas despesas que consido as maiores, sempre me programo com um valor a mais (cerca de 30% do valor original), para lembrancinhas, compras e outras despesas que podem surgir.
2. Tenha um agente de viagens para chamar de seu
Nem todas as pessoas têm a paciência e a disposição para montar um roteiro de viagens como o sugerido acima. Portanto, tenha um agente de viagens no qual você possa confiar, tanto na hora da venda, quanto no momento da viagem, especialmente para o caso de um imprevisto. Procure por alguém que não apenas faça uma venda para você, mas sim, um profissional que realmente vai entender o seu propósito de viagem e, principalmente, vai te oferecer uma opção customizada.
Comigo já aconteceu, por exemplo, de comprar passagem aérea, seguro e dinheiro em espécie na agência, e receber uma dica incrível de hotel (e que salvou meu orçamento!) para reservar pelo booking.com. (Thanks, Aline!) Acredite, ter um bom agentes de viagens por perto é super útil para tirar dúvidas e fazer as melhores escolhas – e você ainda ganha um amigo para ficar batendo papo sobre as viagens!
3. Faça compras no supermercado
No seu primeiro dia no destino, procure o supermercado mais próximo de você, faça suas compras e economize muito com comida. A dica é comprar os itens para o café da manhã, almoço (um super sanduíche para levar nos passeios, que tal?) e também os lanchinhos dos intervalos, como biscoitos, frutas e iogurtes.
Se você não dispensa o item ‘turismo gastronômico’, algumas dicas podem ajudar:
– Visite os mercados (aqueles com várias tendinhas que vendem de tudo, sabe?) das cidades próximo a hora das refeições. Nestes locais, você geralmente encontra pratos típicos do local, por preços bem camaradas.

– Supermercado (tipo Walmart, Carrefour, ou mesmo de redes não conhecidas) também tem prato típico. Muitos estabelecimentos têm área de alimentação, com buffet ou outros pratos prontos, e você encontra comida por ali por preços mais baixos.
– Escolha os restaurantes que você deseja investir o seu dinheiro. Lá no seu roteiro, já anote os locais que você deseja conhecer, e faça uma estimativa de quando será gasto. Se o orçamento estiver limitado, a dica é investir nos locais que você deseja muito ir, e no restante dos dias, manter refeições mais simples.
4. Fique de olho na quantidade de lembrancinhas
Muitos até podem chamar de pão-durismo, mas imagina comprar cada souvenir que você encontra pela frente? é certo que vai acontecer duas coisas: você vai falir até a metade da viagem, e vai precisar pagar excesso de bagagem (ou comprar uma mala extra).
Sempre que viajo, faço uma lista de pessoas para as quais realmente preciso trazer algo, seja por consideração, amizade ou ajuda financeira com a viagem (oi, família!). E depois, me mantenho fiel à lista, buscando por apenas um item para cada pessoa. Isso é importante porque, se você não se controlar, ao fim da viagem terá 15 chaveiros, 15 imãs de geladeira, 15 canetas, 15 t-shirts e por aí vai… E se eu viajar com alguém que tem ‘pessoas presenteáveis em comum’, já proponho levarmos lembrancinhas em conjunto, para divir o orçamento, e também a bagagem.


Outra dica bem importante, é ‘fugir’ daquelas pessoas que ficam fazendo encomenda. Para seus pais ou amigos próximos, ok, mas nem dê conversa para pessoas que você não tem nenhum compromisso mais pessoal.
De novo: não é egoísmo. Nessa história de ‘encomenda’, você pode perder um dia inteiro procurando um único item ~para outra pessoa~, e muitas vezes, até sair no prejuízo, com uma compra que não foi paga. Caso você tenha tempo e ‘tropece’ na encomenda da pessoa, tudo bem, você pode ser legal e fazer a gentileza. Mas nunca fique com esse compromisso. Dê uma desculpa, e siga em frente.
5. Visite museus e atrações do gênero nos dias gratuitos
Alguns dos melhores passeios que já fiz em viagem foi simplesmente sentar em uma praça ou parque, tomar um café e bater-papo. Turismo não significa gastar fortunas. é claro que muitas atrações famosas pelo mundo exigem pagamento de ingresso, mas a dica que dou é, antes da viagem, pesquisar bem o que você encontrará na atração. Muitas vezes, você paga para entrar em um prédio cuja vista da cidade você poderia ver de outro lugar gratuito; ou então, entra em um museu só porque está na lista de atrações famosas.

Conheça o seu próprio perfil de viajante. Você não é obrigado a subir na Torre Eiffel, no Empire State Building ou andar na London Eye. Siga seu ritmo, seu orçamento, e aproveite a graça e a beleza que está em andar na rua ou visitar um parque.
Além disso, muitas cidades oferecem atrações gratuitas, como entradas em museus, concertos em basílicas ou apresentações de rua. Pesquise, monte sua agenda, e aproveite economizando muito!


6. Viaje sempre com seguro
Levo ao pé da letra o ditado que diz que, muitas vezes, o barato sai caro. Nunca tiro o pé de casa sem ter um bom seguro-saúde, que cubra todas as despesas com gastos médicos, emergências, medicamentos, e até mesmo extravio de bagagem. é um dinheiro que invisto já torcendo para não usar, mas que me dá a segurança de que, se algo acontecer, não terei problemas mais sérios, além de ter a quem recorrer.
Dependendo sua idade, você pode viajar com seguro de estudante, um pouco mais barato que o normal, ou mesmo para pessoas que já estão na terceira idade.
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Essas são as dicas que reuni para fazer uma viagem bem organizada, e otimizar ao máximo o orçamento disponível.
Você possui outras táticas?
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