Nas próximas semanas, a jovem Karol Mussi irá calçar os patins com uma expectativa diferente. Prestes a participar do Campeonato Panamericano de Patinação pela terceira vez (ela já esteve presente na competição, nos Estados Unidos, em outras duas ocasiões), a atleta intensifica os treinamentos, os quais ocorrem diariamente, juntamente com preparação física.

O objetivo é um só: conquistar uma boa colocação nas provas das modalidades Livre e Figuras Obrigatórias, nas categorias Juvenil e Cadete, respectivamente.

Patinadora desde os 3 anos, iniciou no esporte com o incentivo da mãe, que também o praticava. Aos 7, participou de seu primeiro Campeonato Brasileiro. Em 2013, foi convocada pela primeira vez pela Seleção para disputar o Sul-americano, que ocorreu no Chile.

No Panamericano 2016, além de enfrentar as argentinas, conhecidas como referências no esporte, Karol terá o desafio de superar a si mesma, já que a patinação também depende do fator emocional. Mais do que o aspecto competitivo, no entanto, poderá usufruir de algumas das vantagens de participar de uma competição internacional, como a troca cultural, o aprendizado de línguas e as amizades conquistadas.

Eu tenho o sonho de um dia chegar ao Campeonnato Mundial, e que a patinação de rodas ainda se torne um esporte olímpico”, conta.

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à primeira vista, quem assiste a um show da banda Playsound, percebe o timbre poderoso do vocalista e a execução muito bem feita, pelo conjunto de músicos, de cada uma das canções.

Mas basta olhar um pouco mais para a esquerda, para perceber que há algo diferente. ‘Hey, estou vendo uma menina?’, poderia ser o questionamento de muitos, para logo após um olhar mais atento, ter a confirmação:

Sim, a baixista da banda Playsound é uma menina, tem 19 anos, e atende pelo nome de Francine Stringuini.

Rumo a Santa Maria. Hoje tem Playsound no Kasarão On Stage! por @garciaischa #playsoundoficial #unificadoz #wizard #pisarbem #kasaraoonstage #soseviveumavida

Uma foto publicada por Playsound Oficial (@playsoundoficial) em Jun 4, 2016 às 2:07 PDT

Para quebrar todos os estereótipos que possam haver na cena musical do rock, a baixista divide o palco com os colegas ~três moços grandalhões e de visual meio grunge-folk~ e com frequência é apresentada como a ‘personificação da rebeldia na banda’.

Isso, claro, depois de vencer alguns dos estereótipos dos quais falávamos ali em cima:

O mais comum é acharem que namoro com algum dos guris, e por isso estaria ‘acompanhando’ eles”, conta a guria.

Assim, cabe a Francine, no contrabaixo, mostrar todo o talento aperfeiçoado ao longo dos anos junto a bandas que, segundo ela, não saíram da garagem, mas despertaram o interesse por organizar, em grupo, alguma forma de transmitir um sentimento em comum.

Descobri que era com música que queria trabalhar, da forma que fosse, era aquilo que queria para minha vida.”

Uma foto publicada por Francine Stringuini (@fstrings) em Nov 9, 2015 às 8:06 PST

Uma foto publicada por Francine Stringuini (@fstrings) em Jul 14, 2015 às 2:39 PDT

Ao lado de João Garcia, Samuka Texas e Rodrigo Jaeger, Francine percorre muitos quilômetros para divulgar o trabalho da Playsound.

No ápice do terceiro ano de vida da banda, e com um ep na bagagem, entitulado Só se vive uma vida, os quatro dividem suas rotinas entre viagens longas, shows, ensaios, e divergência de opiniões ~tudo com muito zelo, visando o bem comum do grupo, garante Francine~.

Bom para os fãs, que podem ouvir o som super qualificado da Playsound, bom para a diversidade e o empoderamento feminino, que assistem a uma menina ganhar os palcos ~e a admiração~ por onde passa. 

Foto: Divulgação / Internet

Na última terça-feira, dia 7, o encerramento da passagem da tocha olímpica por Fortaleza foi marcado pela participação de duas ativistas dos direitos femininos. Juliana de Faria, ativista e criadora do Think Olga, e Maria da Penha, farmacêutica e que tem uma lei com seu nome.

Juliana é fundadora da ONG Think Olga, criada em abril de 2013 com foco em direito das mulheres. Ela também está à frente de campanhas, como ‘Chega de Fiu Fiu’ e ‘#PrimeiroAssédio’, ambas com objetivo de combater o assédio sexual em locais públicos.

Já a cearense Maria da Penha, ficou conhecida, infelizmente, por violências sofridas dentro da própria casa. Em maio de 1983, ela foi vitimada por seu então marido com um tiro nas costas enquanto dormia, o que a deixou paraplégica. O marido, por duas vezes, foi julgado e condenado, mas saiu em liberdade devido a recursos apresentados por seus advogados de defesa.

Maria da Penha, então, denunciou o Brasil na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos e conseguiu uma condenação ao país. Com isso, em 2006, um projeto de lei que levava seu nome foi aprovado por unanimidade. Surgia, enfim, a Lei Maria da Penha, que trata da prevenção e proteção das mulheres vítimas de violência doméstica e a punição do agressor.

Juliana e Maria, foram, respectivamente, a penúltima e a última a carregarem a tocha olímpica e durante o percurso ficaram bastante emocionadas.

Foto: Divulgação / Internet