A entrevista com o prefeito Airton Artus, publicada na Folha de sábado, onde ele fez uma avaliação do seu governo, mas falou também do seu projeto de reeleição, movimentou o meio político. O prefeito Airton Artus (PDT) e o vice Giovane Wickert (PT) já são dobradinha definida para concorrer na eleição de 7 de outubro. E Artus provocou quando disse preferir que a oposição tivesse uma chapa única para um confronto definitivo do atual governo com o bloco de oposição, que ele diz representar o passado.

Conversei com o vereador Paulo Mathias Ferreira, que assumiu a presidência do PMDB, o maior partido no município e também a presidência da Câmara de Vereadores. Propus algumas especulações de dobradinhas à Paulo. Soube de uma dupla do PMDB com Almedo e Nilson Lehmen, colocando Nilson na mesma linha de Giovane, dois jovens. Paulo disse que isso já foi avaliado dentro do partido com bom respaldo. Paulo deixou escapar que atualmente a linha de pensamento é outra. Perguntei se seria Rinez Trindade que deve se filiar ao PP com Nilson Lehmen, composição que já ouvi ser citada por aí. Paulo disse que não tem possibilidade. Senti dele certo temor do PMDB em amarrar uma dobradinha com o explosivo vereador Celso Krämer do PTB. Assim como deu para sacar que o vereador Zecão aumenta a pressão para sair candidato a prefeito pelo PMDB.

São dias de indecisão. Todos falam em pesquisas em março para ver quem são os nomes com maior apoio na com unidade entre os partidos de oposição e a partir daí tirar uma chapa unificada. Vejo que é o melhor caminho. Desde que o nome a prefeito, é claro, seja do PMDB, como vem defendendo o presidente Paulo Mathias Ferreira e demais lideranças. Uma equação complica de resolver essa.

Hoje, em Porto Alegre, as indústrias fumageiras terão novo encontro com a comissão representativa dos fumicultores para uma definição sobre preço do tabaco.

A representação dos produtores de tabaco é formada pelas federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais na Agricultura (Fetag, Fetaesc e Fetaep) dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra)

As empresas que participam das negociações, que são individuais, são Souza Cruz, Philip Morris, JTI, Universal Leaf e Alliance One.

Independente da conclusão das negociações, tenho colhido informações reais do mercado. Presenciei nesta semana um transportador e um fumicultor conversando. O caminhoneiro disse que o tabaco está sendo mais valorizado nesta safra. As suas entregas tem sido com média de R$ 100 por arroba quando na safra passada esta média estava na casa dos R$ 90 por arroba para o mesmo tabaco. “Vai faltar fumo”, disse o caminhoneiro. “Na reta final da safra o fumo vai valer ouro” complementou.

Outra constatação que chamou atenção na conversa é sobre a qualidade do tabaco colhido. O calor e a estiagem queimaram as folhas. Fornadas de meio do é, onde saem as folhas de BO1, quando são colocadas para cura parecem de boa qualidade. Depois de curadas apresentam manchas provocadas pela intempérie, rebaixando sua classe.

Mas a notícia de que a safra vai ser disputada pelas empresas, aponta para um bom rendimento para os produtores.

Ontem a tarde o Promotor Público aposentado e hoje respeitado advogado, José Montini, enviou nota para publicação na edição de hoje da Folha, tratando da questão do hospital. Montini diz que foi contratado “para tentar estancar a hemorragia de notícias que diariamente são divulgadas pela imprensa pelo digno Defensor Público, sobre supostas irregularidades no HSSM”.

Como resposta às denuncias que vem sendo feitas pelo Defensor Igo Menini, Montini encaminhou nota que está na pagina 9 da edição de hoje da Folha.

Saiu nesta semana o relatório do Ministério do Trabalho sobre a geração de empregos do mês de dezembro e o fechamento do ano de 2011. Os números ligam sinal de alerta. Em 2010 o Brasil bateu o recorde na geração de empregos com 2,5 milhões de novos postos de trabalho criados numa escala que vinha crescendo ano por ano. O então Ministro da pasta, Carlos Lupi, que caiu no final de 2011, apontava que em 2011 seriam 3 milhões de empregos no Brasil. O ano fechou com 1,9 milhão. Muito abaixo da meta e do ano de 2010. O o efeito cascata se verificou também nos estados e nos municípios.

Em Venâncio Aires 2010 marcou a criação de 1.133 novos empregos, levando o prefeito Airton Artus apostar na criação de dois mil empregos em 2011. O município fechou o ano com 498 empregos criados. Em três anos de governo Artus, que recebeu o município com desempenho negativo de 156 empregos em 2008, já gerou 2.123 empregos em 2009, 2010 e 2011.

A frustração de expectativa no Brasil aponta diretamente para um fator que vem sendo levantado por vários setores da sociedade. O processo de desindustrialização, sobre o qual o deputado federal Alceu Moreira (PMDB/RS) assina artigo ao lado.

Serviços e comércio são os grandes geradores de emprego no Brasil. A indústria está em queda. E esse fator deve preocupar, pois na medida em que o setor industrial começa a perder fôlego, a economia como um todo perde fôlego logo adiante.

Recebo nota da assessoria de imprensa da prefeitura de Vera Cruz informando reajuste na tarifa de água que é serviço municipal na vizinha cidade. As tarifas de água a partir deste mês serão reajustadas em 5,01%. O valor segue o aumento do índice Geral de Preços do Mercado (IGPM). A taxa de água residencial passa de R$ 27,50 para R$ 29,00 e a tarifa social, para pessoas de baixa renda, com imóveis de até 40 metros quadrados, vai de 13,75 para 14,50. O Serviço Municipal de água e Esgoto (Semae) explica que o processo segue a correção anual de valores, sem nenhum aumento real.

São valores bem abaixo dos cobrados pela Corsan. Aqui uma conta de 20 metros cúbicos, quatro acima da taxa, custa R$ 81,40.

Depois de presidentes novatos que tinham medo até da sombra, a Câmara de Vereadores volta a ter um presidente mais experiente. O bota experiente nisso. Paulo Mathias Ferreira está no seu oitavo mandato de vereador pelo PMDB e volta a ocupar a presidência da casa. Na semana que passou o município precisava encaminhar pedidos de sementes de milho do sistema troca-troca ao Governo do Estado, por ter assinado o decreto de emergência pela estiagem, mas para isso precisava ser aprovado projeto na Câmara de Vereadores. Como o projeto entrou na quarta-feira, 18, e o prazo para o secretário da Agricultura Fernando Heissler confirmar o pedido de sementes estava espirando, ele queria que o projeto fosse aprovado no dia. Paulo Ferreira explicou que não poderia ser aprovado o projeto devido ao prazo de publicidade que é exigido. Mas disse ao secretário que poderia encaminhar o pedido de sementes que ele garantia a aprovação do projeto na Câmara no dia 23. Se não for aprovado pago as sementes do meu bolso teria dito o vereador. Paulo Mathias sabia que ninguém votaria contra. O projeto foi aprovado na segunda-feira por unanimidade.

Na política a coragem e experiência são pré-requisitos para alguns postos.

O prefeito Airton Artus assinou na semana que passou contrato com uma empresa para instalação de placas indicativas de ruas na cidade. E estava mais do que na hora. Mas conheço bem esta história de muitas décadas. Empresas se apresentam para instalar placas na cidade, comercializam as do centro que interessam às empresas para anunciar e as ruas afastadas e dos bairros ficam sem nada. Desta vez o contrato estabelece algumas normas. Levantamento da administração mostra que são necessárias 1.600 placas para atingir todas as ruas. O contrato feito é de 48 meses e exige um mínimo de 480 placas instaladas por ano. Isso significa que serão quatro anos para termos instaladas as 1.600 placas indicativas.

Espero, assim como todos os venâncio-airenses, que pela primeira vez se cumpra este tipo de contrato, pois nos bairros quem conhece as ruas conhece, quem não conhece não tem nenhuma placa indicativa para se orientar. E isso não precisa ser nos bairros. Nem ruas próximas do centro tem placas de identificação.

Presidente estadual do PT, Raul Pont, é contra a prorrogação dos contratos de pedágio no RS. Para ele, prorrogando os contratos de pedágio, Tarso estará rasgando o discurso do PT. A oposição não perde tempo, acusa a incoerência petista, pois Tarso na campanha disse que não renovaria contratos de pedágio. Yeda Crusius tentou renegociar a prorrogação em troca de investimentos, mas sua proposta foi barrada pelo PT na Assembleia. Giovane Feltes, deputado do PMDB, em tom crítico, lembra que Antônio Brito criou o pedágio, Olívio Dutra tornou a cobrança nos dois sentidos e agora Tarso será a prorrogação.

Penso que não tem mais volta na questão dos pedágios. Até pode ser feita uma nova licitação, como quer a bancada do PT, ou a negociação da prorrogação, como sinaliza o governo, mas o certo é que não viveremos mais sem os pedágios. Sem pedágios não teremos estradas. A questão é negociar bem a melhor alternativa. E que seja diminuída a taxa de R$ 6,00 de hoje. Para irmos a Lajeado ou Santa Cruz, o valor do pedágio é igual ou mais caro do que o combustível que gastamos.

O Gauchão começou literalmente quente. No calor do final de semana, o destaque foi a dupla Gre-Nal sendo derrotada logo de saída. O Grêmio pagou mico no sábado. Era estreia do time, no Olímpico, apresentando Kleber, o Gladiador etc. Levou um chocolate do Lajeadense, que venceu por 2×0. Kleber (cujo salário de R$ 500 mil paga pelo menos dois meses de folha de todo time do Lajeadense) armou um contra ataque que resultou em gol, mas do adversário, e perdeu um gol cara a cara com o goleiro. O Inter, no domingo, com time reserva, venceu o Avenida por 2×0 no primeiro tempo e levou a virada de 3 no segundo tempo.

O principal motivo das derrotas não é a parte técnica. Lajeadense e Avenida vem desde novembro ou dezembro treinando. Estão ‘na ponta dos cascos’. Inter e Grêmio estão treinando há duas semanas. No final serão os dois que vão decidir o título.

Mas na arrancada a região dos Vales foi bem. O Lajeadense pelo Vale do Taquari e o Avenida pelo Vale do Rio Pardo, derrubaram a dupla n uma rodada só. E o Santa Cruz levou 3×1 do Cruzeiro na capital. Começa mal o Galo. E nós de Venâncio, no meio do caminho, ficamos apenas assistindo. Aliás, a partir do dia 11 de fevereiro vamos começar a torcer para que o Guarani volte em 2013 para o convívio dos grandes também.

2012 é ano eleitoral e com ele vem os pedidos, os riscos e as limitações aos gestores públicos. O prefeito Airton Artus está tomando todas as medidas para que possa tocar o último ano de governo sem percalços por conta da legislação. Algumas medidas são conhecidas. Não podem ser criados novos programas com repasse de recursos públicos. Os programas de repasses já existentes podem receber recursos, mas até o limite do ano anterior. Mas o que mais preocupa Artus é a mudança de penalização na legislação, que até então previa multa ao prefeito que repassasse recursos indevidamente. A partir de agora a pena será a inelegibilidade. E Artus é candidato à reeleição. E por isso ele formou um grupo de trabalho que vai estar atento. O Procurador Jurídico Claus Carvalho, a advogada da procuradoria Mara Huyer, o secretário Especial de governo, vereador Telmo Kist e o secretário da Administração Leandro Pitsch integram este grupo que ainda terá outros nomes. A eles será juntada uma assessoria especializada, que terá o primeiro em contro com o grupo de trabalho nos próximos dias.

O prefeito Airton Artus enviou projetos ao Legislativo que foram recebidos na reunião extraordinária de quarta-feira e serão votados em nova reunião na segunda-feira. Entre os projetos está um que repassa auxílio de R$ 60 mil ao Guarani. Conversando com dirigentes rubro-negros senti preocupação pela aprovação do projeto. Com o presidente Lucas Ferreira fiz um cálculo rápido, mostrando pelo menos cinco votos certos. José Ademar Melchior (PMDB) e Marcolino Coutinho (PTB) foram presidentes do Guarani. Hélio Artus (PDT) foi diretor do clube. Telmo Kist (PDT) foi técnico rubro-negro, mas tem sua cadeira ocupada por João Schimuneck. Wilson Puthin (PP) foi delegado da Federação Gaúcha no Edmundo Feix por muitos anos. São cinco votos suficientes para aprovar o projeto. Brinquei com Lucas. O Guarani tem na Câmara a maioria que o prefeito Airton Artus não tem.

Leitor Sadi Loebens me envia nota que complementa o que citei na semana. As concessionárias estão só tapando, e muito mal, os buracos nas rodovias.

Diz a nota: “Sabemos que o progresso também traz transtornos, e isto é bom e compreensível, porem quando este transtorno se repete mês a mês por serviços mal feitos é melhor que não o façam.

Falo da rodovia RSC 453 no trecho urbano de Venâncio Aires. Gostaria que verificasse pessoalmente para depois talvez opinar sobre o assunto. Quantas vezes nos últimos meses, fomos importunados pela concessionária desta rodovia e quando ainda em serviço olho para o trecho refeito e já está com novos buracos e ondulações na pista de tão fina a camada usada para recapagem (ver binário das indústrias, quilômetros 3 e 4) e a obra continua pouco a frente. Acho que merecemos um pouco mais de respeito uma vez que usamos o trecho diversas vezes ao dia e pagamos para isso”.

Esse vai ser um dilema. Até o governo resolver sobre os contratos de pedágios, vamos ver muitos buracos. Mesmo pagando caro para andar pelas rodovias

Fechamento do ano mostra que a região da 7ª Delegacia da Receita Estadual, que abrange a maioria dos municípios do Vale do Rio Pardo, recebeu 10% a mais de ICMS em 2011. Mas Venâncio e Santa Cruz, os dois maiores, ficaram bem aquém. Santa Cruz teve 3% a mais. Recebeu R$ 222,4 milhões em 2010 e R$ 229,1 milhões em 2011. Venâncio teve quada de 1%. Recebeu R$ 31,6 milhões em 2010 e R$ 31,3 milhões em 2011. No comparativo a prefeitura de Santa Cruz recebe sete vezes mais ICMS do que Venâncio.

Dos pequenos vizinhos, Mato Leitão é destaque. Cresceu 66% , passando de 4,6 milhões em 2010 para R$ 7,7 milhões em 2011. Motivos para o prefeito Carlos Bohn estar comemorando e investindo alto.

Já passo do Sobrado deu ré de 4,5%, passando de R$ 2,3 milhões em 2010 para R$ 2,2 milhões em 2011. Vale Verde teve a maior queda. Caiu de R$ 1 milhão em 2010 para R$ 851 mil em 2011.