Suellen Maslowski tem 27 anos e é moradora de Venâncio Aires. Mãe da Luísa, de 1 ano, é casada com Paulo Roberto de Oliveira, que também é deficiente auditivo.
Seu primeiro contato com a língua de Libras foi aos quatro anos, quando começou com aulas na escola Frei Pacífico, de Porto Alegre.
Ela comenta que muitas pessoas ainda não sabem a diferença entre surdo e mudo, e como este tipo de assunto não é muito discutido em sociedade, acaba por prejudicar a inserção em alguns contextos do dia a dia, pois falta conhecimento e cultura por grande parte das pessoas.
Na opinião da jovem, a língua de Libras, como a segunda oficial do país, precisa ser mais presente e inserida na sociedade. “É muito importante que os outros ouvintes aprendam alguns sinais de Libras, para facilitar a comunicação com os surdos”, comenta Suellem.
Atualmente, sem trabalhar, a jovem dedica seu tempo para cuidar da filha, que nasceu sem nenhum problema auditivo.
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Você sabia?
– São consideradas pessoas com deficiência auditiva aquelas com perda bilateral, parcial ou total, de 41 decibéis ou mais. Para ser considerada deficiência auditiva severa, deve haver uma perda entre 70 e 90 decibéis.
– A surdez pode ser tanto adquirida, quanto hereditária. Infecções contraídas durante a gestação, além de remédios e drogas podem provocar má-formações no sistema auditivo do bebê. Além disso, infecções e traumatismos cranianos também podem levar crianças à desenvolverem a surdez. Na idade adulta, acidentes de trânsito e de trabalho podem desencadear o quadro.
– No Brasil, os surdos só começaram a ter acesso à educação durante o Império, no governo de Dom Pedro II, que criou a primeira escola de educação de meninos surdos, em 1857, na antiga capital do País, o Rio de Janeiro.
– A Língua de Sinais é composta por diferentes níveis linguísticos, possuindo expressões e estruturas gramaticais próprias. Como nas linguagens baseadas em fonemas, a comunicação por sinais possui diferentes línguas em vários países. A Libras, por exemplo, tem origem na linguagem de sinais francesa, e possui expressões e regionalismos próprios do Brasil.
Fonte: Portal Brasil, Interlegis