Conheça a melhor teoria de Stranger Things

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ATENçãO!!! Este post contém spoilers!

Que nós ficamos completamente apaixonados por Stranger Things é fato, né? 

E não é segredo pra ninguém que existem pessoas que muitas vezes conseguem perceber certas coisas nas séries que muita pessoas outras não, certo? Sendo assim, o gaúcho Abner Pereira, morador de Gravataí, chegou a uma teoria sobre a série que faz todo o sentido.

Abner postou a teoria, que você pode conferir logo abaixo, no Medium. Postada em agosto, a publicação já tem milhares de visualizações e viralizou na internet.

Vale lembrar que, se você ainda não olhou Stranger Things ou ainda não terminou de olhar, aconselho super a terminar a série imediatamente, ok? Ou, se preferir, leia a teoria primeiro – mas você recebrá muitos spoilers!!!

Obs.: reprodução da postagem original no Medium, feita por Abner Pereira.

>> TEORIA

“Poucas séries te deixam sem palavras. Muitas pontas soltas geram muitas teorias (é por isso que tem teoria de LOST até hoje). Stranger Things foi meio que na contra-mão disso, entregando uma obra ‘redondinha’. Basta dar uma procurada por teorias da série e você não irá achar grandes textos. Meio contraditório para uma das séries mais hypadas desse ano e que conquistou tantos fãs em tão pouco tempo. Alguns até a criticaram por ser ‘perfeitinha’ demais, afinal, conseguiu condensar a história em oito episódios sequenciais – sem encher linguiça – que vão mostrando algumas respostas quase que sem nos dar a oportunidade de fazer as perguntas. O fato de ser uma temporada curta diminui o material e cenas para embasar suposições, mas lá pelo sexto episódio eis que me surge um pensamento que logo exponho na minha conta do Twitter:

Naquele momento, era mais um desejo de algo que eu gostaria de ver do que uma teoria embasada em argumentos. Após encerrar a temporada, apareceu na minha timeline do Facebook um link para uma teoria. Pessoas estavam comentando sobre o tal texto revelador tão maravilhadas que fui conferir. A teoria falava que toda a série não passava de uma simbologia para um suposto câncer do Will.

Gente, sério? Acho que até a teoria das crianças mortas no ‘Rugrats’ é melhor que isso. Logo reascendeu o fato de que meu pensamento sobre o ‘mundo invertido/futuro’ poderia ter mais chances que aquilo. Foi então que conversei com meu cunhado sobre o que eu pensava, e ele começou a levantar pontos que colaboravam muito com o meu raciocínio. Pensamos “cara, isso faz sentido”.

Mas estamos na primeira temporada, que contém só oito episódios, e, como comentei, não há muito material ainda, mas o suficiente para pensarmos juntos sobre alguns pontos.

Hawkins e a Ciência

Começamos pelo nome da cidade fictícia de Indiana, Hawkins, que lembra muito o sobrenome de uma das celebridades do mundo científico Stephen Hawkings, um dos maiores nomes no que diz respeito a teorias que tratam de física quântica, dobras no espaço-tempo e buracos de minhoca, explicada pelo professor Clarke ao unir dois pontos de uma folha após furá-la com uma caneta – mesmo exemplo dado em filmes como ‘Interstellar’ e ‘O Enigma do Horizonte’.

Nesse caso, a fenda que vemos na série seria um portal que dobra o tempo e que leva o viajante para a Hawkins caótica do futuro (vamos chegar lá). Outro ponto interessante é que há algo relacionado ao campo magnético da fenda, que atrai a agulha das bússolas (bem observado pelo Dustin) para a HNL, onde a fenda se encontra. Assim como em LOST, era a manipulação do campo magnético que gerava os distúrbios do espaço-tempo na ilha, manipulação esta que demanda muita energia. Dr. Brenner não se instalou no Departamento de Energia localizado na cidade por acaso.

Você assistiria Montauk?

 

Foto: Divulgação / NaPilhaPois é assim que a série iria se chamar originalmente. Mas, por quê? é aí que a coisa começa a ficar interessante…
Pois é assim que a série iria se chamar originalmente. Mas, por quê? é aí que a coisa começa a ficar interessante…

 

Foto: Divulgação / NaPilhaCamp Hero, Montauk em Long Island
Camp Hero, Montauk, em Long Island

Montauk foi supostamente uma série de projetos secretos do governo norte-americano, localizado em Camp Hero, na Estação da Força Aérea de Montauk, Long Island, Nova Iorque, do final dos anos 1960 até 1983. Pesquisadores sustentam que secretamente o projeto pretendia desenvolver um conjunto de armas de guerra psicológica, visando a supremacia na Guerra Fria entre EUA e URSS. A ideia era direcionar pulsos eletromagnéticos contra o inimigo para induzi-lo a sintomas de esquizofrenia.

Eram feitas, também, experiências em tanques de privação sensorial (igual aos que Eleven entra algumas vezes): ao unir o cérebro a um computador, a mente foi capaz não só de materializar objetos como também de abrir uma fenda tempo/espaço possibilitando viagens no tempo através da mente.

O Projeto Montauk teria terminado de forma abrupta: em 1983 (ano em que começa Stranger Things), numa experiência ao conectar a mente com o hiperespaço, um pesquisador libertou sem querer um monstro vindo do futuro, destruindo completamente as instalações e matando diversos funcionários e cientistas (primeira cena do primeiro episódio te diz algo?).

O cara russo

Ficamos sabendo, pelo relato de Becky Ives, que sua irmã, Terry Ives, havia se voluntariado no início dos anos 1950 para uma organização clandestina da CIA, chamada MKUltra (que existiu de verdade), onde aplicavam drogas nas pessoas e as colocavam em tanques de isolamento sensorial.

 

Foto: Divulgação / NaPilhaInvestigação do Xerife Hopper encontra mais indícios do envolvimento do Dr. Brenner com a MKUltra
Investigação do Xerife Hopper encontra mais indícios do envolvimento do Dr. Brenner com a MKUltra

 

Essa é a mesma organização que raptou sua filha Jane (Eleven), pois a criança apresentava habilidades especiais devido aos experimentos terem acontecido enquanto sua mãe estava grávida. Tudo isso foi relatado com muito deboche e ridicularização da parte da irmã (uma das estratégias da CIA quando eram confrontados sobre MKUltra), que dizia que tudo não passava de invenção da Terry para superar o trauma de um aborto, o que me leva a pensar que Becky (única cuidadora e fora dos olhares de outras pessoas) pode muito bem fazer parte da conspiração e estar dopando a irmã para mantê-la quieta, já que, em outros jornais vistos pelo Xerife, logo após a perda do bebê, Terry estava engajada em incriminar Dr. Brenner pelos maus tratos e rapto da criança.

Bom, é também num tanque que Eleven entra algumas vezes para acessar o Mundo Invertido mentalmente, tipo o Cérebro usado pelo Professor Xavier em ‘X-Men’. é aí que ela encontra o homem falando russo (ele está cobrando alguém por ter vazado alguma informação aos americanos), e logo em seguida escuta o som do monstro. Um episódio depois, Eleven encontra o próprio monstro naquele lugar.

>> O que vemos no salão escuro com espelho d’água é o ambiente da consciência da El. Cada pessoa tem o seu salão escuro. A diferença é que ela consegue trazer para si aquilo que desejar, independente da distância. Mas o que intriga é: o que faz um homem russo no mesmo ambiente onde está o monstro? Como ela uniria realidades tão distintas?

Talvez uma dessas realidades não seja tão distinta assim. Talvez uma dessas realidades seja a própria consciência dela também. > Outra cena interessante é a da mãe do Will encontrando um esqueleto humano no mundo invertido (episódio oito). Se o ‘Vale das Sombras’ é só uma versão dark do nosso mundo, o que faz um esqueleto que demonstra estar lá há bastante tempo? Se a cidade era pacata e sem crimes ou desaparecimentos, não pode ter sido um antigo rapto do monstro, mas o corpo realmente pertencia àquele lugar, o que nos indica que seres humanos já habitaram normalmente algum dia o outro lado. > Todos já sabem das referências aos filmes de Steven Spielberg na série, mas elas não se limitam só aos filmes antigos. Assim como em Minority Report (2002), os precogs, flutuando num tanque, têm visões do futuro, Eleven, na piscina/tanque, também teria visões do futuro.

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