A Disney nunca decepciona. E a maior prova disso – como se já não bastassem os maravilhosos filmes produzidos pela mesma – é o mais novo lançamento da Pixar, o filme ‘Procurando Dory’. 

Ontem, na sessão das 18h30min, no Shopping Lajeado, pude conferir o longa de animação. E saí de lá com a sensação de que, por mais que eu valorize as pequenas coisas da vida todos os dias, gostaria de poder demonstrar maior gratidão. Porque, sério, depois de assistir ‘Procurando Dory’, você vai perceber, com certeza, que o que te faz verdadeiramente feliz, no fim, são as coisas mais simples.

Se engana quem pensa que a Dory é pra crianças. Sim, é um filme fofinho, muito bem produzido e com personagens mais jovens, é claro. Mas definitivamente não foi feito para as crianças. ‘Procurando Dory’ é um filme pra gente grande mesmo. Gente que já deixou de ser criança, que já deixou de carregar aquela pureza e inocência que só as crianças têm, gente que já viu de tudo nessa vida – e isso inclui as coisas ruins desse mundo também. Dory é uma personagem pra ninguém botar defeito, sabia? E pra todo mundo amar. E aprender com ela.

Pra quem está se perguntando, ‘Procurando Dory’ conta a história da Dory, como o próprio trailer já mostrou. No entanto, de uma forma completamente diferente. Trazendo questões de imensa importância e relevância na sociedade hoje em dia – como problemas familiares, por exemplo -, o filme apresenta uma Dory esquecida. Não, não esquecida pelo público. Uma Dory que, na verdade, se esquece de tudo. O tempo todo.

Com “perda de memória recente”, como a própria personagem gosta de dizer durante o longa, Dory enfrenta as dificuldades da vida desde cedo. Ao se perder dos pais, em decorrência de sua perda de memória, ela precisou aprender a viver por sua própria conta. E tudo isso no fundo do oceano, o qual pode ser bem assustador, aliás.

Além disso, o filme também integra muito bem os personagens secundários, como o polvo Hank (o tipo de cara que está sempre de mal com a vida, mas que, no fundo, tem um bom coração); a amiga tubarão, Destiny, que tem problema de visão e não sabe nadar direito; Nemo e Marlin, que já são velhos conhecidos de ‘Procurando Nemo’; e até mesmo os leões-marinhos pra lá de engraçados que se acham os donos do pedaço (Geraldo que o diga, não é mesmo?). O melhor de tudo é a forma como cada um tem seu papel na história, se encaixando perfeitamente e nos momentos certos.

Por fim, ‘Procurando Dory’ deixa uma certeza: a vida vale a pena ser vivida, meus amigos. Mesmo que de forma torta. Mesmo que de forma errônea. E sabe aquele ditado de que “um bom filho sempre à casa retorna”? Pois então, é verdade. Até Dory retornou. Dory, com sua perda de memória recente, encontrou o caminho de casa. O caminho para a família. O caminho para a felicidade. Portanto, todos nós também podemos encontrar. Basta não desistir e ‘continuar nadando, sempre nadando’