Uma experiência sensorial cuja premissa sugere que ‘de olhos fechados, a verdadeira jornada começa olhando para dentro de si’.
Assisti ao espetáculo teatral Histórias no Escuro na última sessão da noite de ontem, 13 de maio, e os sentimentos ainda fervilham no coração deste serzinho que vos fala. Sabia que seria uma experiência inovadora, que o grupo tinha qualidade cênica e que não deveria me blindar ao ser conduzida pela desconhecida escuridão. Não sabia, no entanto, da intensidade da peça, da quantidade de sensações possíveis e de quão atemporal seriam as histórias.
A sensorialidade do teatro certamente vai reverberar de uma forma muito particular em cada membro da plateia. A experiência nos oferece a oportunidade de sentirmos confortáveis em um ambiente onde toda a escuridão é preenchida pela nossa imaginação. E nós, que costumamos temer nossas próprias emoções, somos convidados a nos permitir. Àqueles que gostam de questionar o que é arte num cenário de tantos estímulos, eu arrisco responder que a arte é exatamente isto: internalizar, exteriorizar e sobretudo, permitir.
Meu relato não pretende dar spoiler – é quase impossível – mas sugerir que mais e mais pessoas sejam impactadas por vivências libertadoras assim. Venâncio Aires tem uma cena cultural bastante tímida, e quando surge a oportunidade de ver um grupo jovem e incrivelmente maduro como o Sol Brasileiro, precisamos aproveitar! Essas histórias precisam reverberar em muitos corações!
Que coisa linda, gurizada! Gratidão por vivenciar uma noite tão especial!
Histórias no EscuroO espetáculo de 60 minutos acontece no Anexo Music Garden, na rua Conde D”Eu, 1.286. As sessões podem ser agendadas com o orientador cênico Marcio Rodrigues pelo WhatsApp (51) 99798 5946. São permitidas cinco pessoas por sessão. Ingressos– R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada para estudantes), adquiridos na hora do espetáculo
Sessões– Sextas-feiras (às 19h, 20h15min e 21h30min)– Domingos (às 17h, 18h15min, 19h30min e 20h45min)
Classificação – 14 anos.