Na Pilha! discute as ocupações em escolas e universidades do Brasil

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Se você acompanhou a internet nos últimos dias, com certeza sabe que as ocupações nas escolas e universidades têm chamado a atenção de muita gente – inclusive de políticos (lembra da Ana Júlia Ribeiro, que chamou atenção ao explicar, aos deputados do Paraná, o que são as ocupações?). 

Ana Julia, 16 anos, explica a deputados no Paraná o que são as Ocupações!#AQuemPertenceAEscola? pic.twitter.com/1O9PmGweJz

— UNE (@uneoficial) 26 de outubro de 2016

>> Mas o que são as ocupações?

São movimentos realizados por alunos, em sua maioria de escolas públicas, que buscam pelos direitos dos estudantes.

Com o surgimento da proposta de medida provisória (MP) de reforma do Ensino Médio e da PEC 241, agora PEC 55, que estabelece um novo teto para os gastos púbicos, o que afetaria recursos para saúde e educação, os protestos, por parte dos jovens, apenas aumentaram: agora, a luta é pelo investimento na área da educação de forma geral.

> Até o momento, já são mais de mil ocupações em escolas e universidades de todo o Brasil, das quais mais de 100 são em universidades. No total, 23 estados têm ao menos uma escola ou universidade ocupada por estudantes no país. 

>> O que diz o Ministério da Educação (MEC)?

O ministro da educaçãoMendonça Filho, defendeu o posicionamento do governo a respeito da PEC 241. Em entrevista, ele disse que será estipulado um teto global, não específico para cada área, e que a medida é importante para retomar o crescimento:

“Há muita desinformação, na sua esmagadora maioria, com relação à PEC. Ela veio para reequilibrar o orçamento público, devolver a capacidade de investimento ao Estado brasileiro, fazer com que o Brasil volte a crescer gerando empregos e aumentando a capacidade de investimento em educação e saúde.”

Além disso, sobre a medida provisória (MP) de reforma do Ensino Médio, Mendonça Filho ressaltou a certeza de que “a esmagadora maioria dos alunos brasileiros que estudam no Ensino Médio aprova as mudanças”. 

>> Opinião de um jovem sobre as ocupações: 

Estudante do 4° semestre de Direito na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Tamara Freitag, 21 anos, diz que as ocupações são legítimas e essenciais. Segundo ela, as ocupações são espaços de luta e de resistência em que os estudantes são ouvidos e dizem ‘não’ aos retrocessos sociais que o país está passando. 

Foto: Divulgação / Na Pilha!dfgdfg
Tamara Freitag acredita que as ocupações estudantis são legítimas e essenciais

 “Essa é a questão basilar das ocupações: sem elas, nós, estudantes, servidores, professores, educadores, não seríamos ouvidos. E o poder, como bem emana nossa Constituição Cidadã, é do povo”, salienta.

Na UFSC, segundo Tamara, o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) e o Centro de Educação (CED) estão ocupados. A acadêmica relata que as ocupações são a favor de reformas e não de uma revolução na educação. Para ela, reformas são pequenas mudanças, não mudam a base da educação. Sendo assim, de acordo com Tamara, o processo é lento e demorado, e isso é nítido.

“Enquanto não nos escutarem e os legisladores e governantes não estabelecerem um diálogo conosco, dando a devida importância para quem vive a educação do país, nós também não vamos parar e as ocupações não vão parar de aumentar”, declara a estudante.

    

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