Viajar o mundo, conhecer novas pessoas e uma cultura totalmente diferente, aprender ou melhorar um novo idioma, experimentar novas comidas, participar de projetos e ter experiências incríveis, é maravilhoso, né? Mas imagine quando isso tem ‘influência’ ou pode ser conquistado com a ajuda da universidade. Fica melhor ainda, admita. Nem sempre é fácil encontrar ou estar por dentro dessas oportunidades, mas, acredite, elas existem e são super interessantes para quem pretende conhecer um novo país e, ainda, participar de algum projeto ou se aprofundar em alguma área. Na edição de hoje do Na Pilha!, te apresentamos a história de pessoas que tiveram essa oportunidade e de como você, leitor, também pode ter!
Intercâmbio: Uma nova visão de mundo
Através do Emerging Leaders in the Americas Program (Programa Futuros Líderes nas Américas), a coordenadora administrativa e estudante de Ciências Contábeis, Jessica Chludzinski Koncimal, 28 anos, teve a chance de viajar para o Canadá com bolsa de estudos, onde adquiriu inúmeras oportunidades pessoal e profissionalmente. “Quis participar com o objetivo de ter uma perspectiva diferente como acadêmica de Ciências Contábeis e futura contadora”, revela.
A experiência no exterior, segundo Jessica, foi a melhor possível. “A cidade em que fiquei, Edmonton, capital da província de Alberta, tem muitas opções de comércio e entretenimento, com regiões turísticas, como Banff e Jasper, relativamente perto”, conta. Além disso, a instituição na qual Jessica estudou, a Concordia University of Edmonton, conta com um grande número de estudantes estrangeiros. “Conheci muitas pessoas, amigos com os quais ainda mantenho contato”, acrescenta.
Para Jessica, muita coisa mudou depois de sua experiência no Canadá, como a valorização das pequenas coisas, dos estudos acadêmicos e a motivação de seguir em busca de outros sonhos. Ainda, ela ressalta a importância de jovens participarem de projetos e programas que incentivem as viagens ao exterior. “O intercâmbio proporciona uma nova visão, as referências que temos são totalmente renovadas”, afirma.
Uma viagem para quem quer oportunidades
Estudante de Engenharia de Controle e Automação, Kleber Antonio Henckes, 23 anos, também trabalha como projetista na Engenharia de Desenvolvimento, em Caxias do Sul. Há alguns anos, ele viajou para o Canadá com o intuito de aperfeiçoar seu inglês, e, mais recentemente, em 2015, Kleber fez um intercâmbio, através do programa Ciências Sem Fronteiras, na Irlanda, tendo a oportunidade de conhecer diversos países dessa região da Europa.
Quando o Ciências Sem Fronteiras começou a ser divulgado, logo tive interesse em participar.”
Kleber relata que a experiência pessoal e profissional que o programa lhe proporcionou foi fantástica. “Além de conhecer pessoas, países, culturas, empresas e universidades, o programa me ajudou muito a dar valor ao que temos aqui”, diz, acrescentando que, hoje, após ter morado em outro país, ele percebe que se vive muito bem no Brasil, principalmente na região Sul. “A visão de mundo em valorizar coisas simples que passam despercebidas em nosso dia a dia e a visão profissional, realizando uma imersão nas universidades estrangeiras e adquirindo novos conhecimentos sobre os processos e meios lá utilizados, são um dos tantos prós do programa Ciências sem Fronteiras”, frisa Kleber.
O estudante ressalta a importância de jovens estudantes aproveitarem ao máximo as oportunidades para se especializarem profissional e pessoalmente. “Uma vivência no exterior faz o jovem amadurecer, pois nos deparamos com situações nas quais não estamos acostumados no dia a dia”, aponta. Desta forma, segundo ele, a saída da zona de conforto e a busca por novos aprendizados é inevitável.
Buscando transformações para a sociedade
O acadêmico do 1º semestre de Relações Internacionais Leonardo Alves, 24 anos, explica que o concurso de textos ‘Many Languages, One World’, é uma proposta da ELS Educational Services, Inc. e das Nações Unidas, através da United Nations Academic Impact, e tem como objetivo estimular a habilidade multilíngue entre os estudantes universitários.
Leonardo relata que, para participar, é preciso ter o domínio de um dos seis idiomas oficiais da ONU, que são: inglês, espanhol, francês, russo, mandarim e árabe, e que não seja o idioma materno nem o de aprendizado na escola, ou seja, o terceiro idioma de conhecimento do estudante. Além de ser maior de 18 anos e ter o endossamento de um professor da graduação.
Os vencedores do concurso ganharão uma viagem inteiramente paga para Nova Iorque, onde serão desenvolvidas atividades na Hofstra University com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030. O resultado dessas atividades será apresentado no Fórum Global da Juventude, durante a Assembleia Geral, na sede da ONU.
O estudante conta que só ficou sabendo do concurso faltando dez dias para o término da submissão dos textos.
Ao saber da grandiosidade do concurso e do evento em si, resolvi participar como aprendizado e experiência pessoal, independente de ganhar ou não”.
Por acreditar nas Nações Unidas e ver a mesma importância na habilidade multilíngue, o acadêmico decidiu se inscrever, até porque se identificou bastante com o tema sugerido que seria desenvolvido no texto.
A respeito do projeto, Leonardo relata que os selecionados irão trabalhar em grupo e terão um mentor durante a semana de atividades em Nova Iorque. Além disso, ele segue lendo a respeito dos 17 objetivos da ONU para 2030 e deu uma intensificada nos estudos de espanhol e inglês. Para quem deseja participar de projetos como esse, o acadêmico deixa um recado importante: “Nós vivemos num momento em que esperar resultados não é uma opção, devemos buscar as transformações que achamos necessárias em nossa sociedade e fazer o nosso melhor para isso. Participar de um projeto como esse é ser cidadão, é acreditar num mundo melhor para as futuras gerações e ter a esperança de dias melhores para todos.”
Onde procurar por oportunidades internacionais?
>> A maioria das universidades têm um departamento voltado a relações internacionais, o qual busca e organiza oportunidades para estudantes da própria instituição, e também para estrangeiros. Faça uma visita a esse setor, cadastre-se na lista de e-mail ou ingresse em grupos nas redes sociais, para, assim, ficar por dentro de todas as novidades.
>> Instituições como a Aiesec possuem escritórios dentro de boa parte das universidades. Essa é uma organização voltada ao trabalho voluntário ou remunerado em outros países. A entidade costuma fazer reuniões e palestras abertas ao público, e muitas informações podem ser obtidas no site e nas redes sociais.
>> Acompanhar sites especializados ou que destaquem oportunidades acadêmicas é uma ótima alternativa. Fique de olho nesta lista aqui:- Partiu Intercâmbio- Estudar Fora- Fundação Lemman- época Negócios- Revista Exame