Hoje, 15 de julho, comemora-se o Dia do Homem. A data é uma iniciativa da Ordem Nacional dos Escritores, e foi instituída em 1992.

E o T&T, claro, não poderia deixar de prestar sua homenagem, porque afinal, nós gostamos de homem!

Homens gentis, inteligentes, perspicazes, sensíveis e respeitadores.

Foto: Divulgação / Tudo & TodasNós gostamos de homem. E queremos que eles gostem, de verdade, da gente
Nós gostamos de homem. E queremos que eles gostem, de verdade, da gente

Homens que amam e admiram suas mães, irmãs, esposa ou namorada, filhas e amigas. Que respeitam suas colegas de trabalho, e qualquer outra mulher com quem tenham um relacionamento profissional, seja no dia a dia da empresa, seja no supermercado ou na escola dos filhos.

Homens que enxerguem as mulheres como um ser humano igual a ele, cheio de virtudes e de defeitos, que em maior ou menor escala, colaboram para formar a complexidade de cada indivíduo.

No T&T, quando falamos em direitos das mulheres, falamos, na verdade, em direitos dos seres humanos. Queremos que homens e mulheres recebam salários dignos por seus trabalhos, que tenham o direito de constituir uma família como acharem mais adequado, que decidam com quem terão relações sexuais e em que momento, que definam quais roupas usarão, e quais profissões querem escolher para a sua vida.

Sem rótulos, sem amarras, sem distinção de gênero.

é ao encontro disso, que compartilhamos com vocês uma palestra do educador anti-sexista Jackson Katz. Ele palestrou em novembro de 2012 em um evento do TED, uma plataforma que disponibiliza gratuitamente vídeos com ideias de grandes pensadores e agentes sociais, gravados em eventos realizados em todo o mundo.

Foto: Divulgação / Tudo & TodasPalestra de Jackson Katz está disponível no TED
Palestra de Jackson Katz está disponível no TED

Jackson inicia sua fala retratando uma mudança necessária de paradigma em relação à violência doméstica.

A violência contra a mulher não é um problema feminino, é um problema dos homens. Quando as questões de violência de gênero são identificadas como um problema feminino, os homens se sentem no direito de não prestar atenção. De achar que isso não é problema deles, e sim, das mulheres.

Em sua palestra, Jackson indaga como podemos ser transformadores? Como podemos socializar os rapazes e evoluir nas questões sobre masculinidade?

Ele diz que precisamos de homens de atitude e coragem para dizer o que deve ser dito. Que se coloquem lado a lado com as mulheres e não contra elas, já que vivemos juntos neste mundo.

Os homens tem que sair da postura de espectador e passar a atuar. Como contestamos? Como agimos? O que estamos fazendo além de ler as notícias? Além de nos sensibilizarmos?

A proposta e o grande ponto desta abordagem é fazer com que os homens sexistas percam status, percam importância, percam a influência. Então, esse passa a ser um trabalho de desenvolvimento de lideranças, de homens que tenham influência e coragem de assumir esse posicionamento.

Precisamos que homens adultos e com poder se posicionem.

Toda vez que um líder faz um comentário racista, sexista, homofóbico, ele está alimentando essa cultura. Ele não precisa de um trabalho de sensibilização, ele precisa de um trabalho de liderança. Ele está sendo um péssimo líder! (Aplausos das meninas do T&T)

Não adianta apenas se importar.

Precisamos de homens com valentia, coragem, força e integridade moral para romper o silêncio e contestar uns aos outros e se posicionar a favor das mulheres. Devemos isso às mulheres. Devemos aos homens. Devemos isso aos nossos filhos.

Para assistir ao vídeo na íntegra, basta clicar abaixo (você pode escolher legendas em Português):

E aí, homens, vocês assumem essa discussão conosco?