A premissa do ser empático é não julgar, mas se permitir sentir (ou entender, ouvir) o que o outro passa e, assim, tentar visualizar determinada situação ou vivência pela ótica do outro. Tipo aquelas frases de agenda adolescente: não faça ao outro o que não quer que faça com você! Só que além: entenda por que o outro faz o que faz. Dá pra entender?

Com empatia a gente até ajuda: entendo como você se sente e consigo lhe ajudar a achar soluções que realmente sirvam para você. Ou digo as palavras certas. Ou consigo explicar o meu ponto de vista sem magoar.

Eu trago este sentimento para pensarmos juntos, diante de tantas discussões, opiniões e polêmicas que somos diariamente apresentados. A interatividade das redes, dos meios de comunicação como um todo, aproxima as pessoas, dá voz, dá espaço para expor a opinião. Mas até que ponto precisamos expor tudo o que pensamos? E não me julgue mal, as opiniões devem ser formadas, discutidas, refletidas, expostas! Mas são opiniões. Não são verdades absolutas! A forma de se expressar, o contexto, o colocar-se no lugar do outro é tão fundamental quanto a própria opinião. E mais: dá para mudar de ideia se um outro ponto de vista for mais contundente, apresentar razões e fazer sentido para você. Por que não?

O respeito não arma o outro. O respeito baixa a guarda e aproxima. As opiniões se somam, se transformam. Todos crescem.

Recentemente a Skol fez uma campanha publicitária que dizia algo como: você só conversa com gente que pensa igual você?! Saia do seu quadrado.

As curas que realmente precisamos para uma sociedade mais justa pode estar dentro de nós. Da forma como vemos nossas potencialidades e apresentamos para o mundo: sem medo e sem falsa modéstia. Entregar o melhor de nós mesmos e nos permitir ver o que há de melhor no outro.

Foto: Freepik/Divulgação / Tudo & TodasÉ melhor trocar que disputar!
É melhor trocar que disputar!

Visões se somam. Opostos se respeitam. O ‘ganha quem fala mais alto’ dá espaço para que a gente possa voltar a se ouvir.