PÉ NA ESTRADA
Por Ana Flávia Hantt*
Há algumas semanas, estive em Brasília para o encaminhamento de alguns documentos que poderiam ser feitos apenas presencialmente. Uma viagem essencial, portanto. Pessoalmente, me sinto dividida sobre o tema: ao mesmo tempo em que me solidarizo com o aspecto econômico do segmento do turismo, também acredito que a pandemia deve ser encarada com seriedade.
Como comentado aqui no ‘Pé na Estrada’ há algum tempo – quando falamos que ‘o bom senso’ seria a chave para este momento – a solução foi buscar por um meio-termo. A viagem que ocorreu durante a semana (uma alternativa para escapar aglomerações) foi um bate-volta com apenas um pernoite. Meus familiares e eu também contratamos uma motorista para nosso transporte para limitar o contato com pessoas diferentes. Lavar as mãos, álcool gel e máscara foram constantes. Na volta da viagem, também mantivemos cuidados extras com a quarentena por sete dias (período recomendado pela Anvisa).
Visitações
É claro que essa não é a situação ideal. Em tempos normais, teríamos estendido nossa viagem para o fim de semana para aproveitar todos os atrativos da capital federal. As fotos com máscara também não serão as mais bonitas do álbum (quando a máscara está acompanhada de óculos de sol, então…). Um passeio superinteressante em Brasília – a visita guiada ao Congresso – permanecia cancelada em função da pandemia.
Por outro lado, achei os aeroportos muito organizados e responsáveis em relação à prevenção do contágio por coronavírus. As equipes de bordo estão muito atentas também. Em um dos trechos, removi a máscara por menos de um minuto para tomar água e a aeromoça já estava do meu lado, pedindo que eu recolocasse o acessório. Em Brasília, nos surpreendemos com a adesão à máscara. Não vimos uma única pessoa caminhando na rua sem ela (mesmo praticando exercícios físicos e, até os moradores de rua!) Nossa motorista nos disse: “Os brasilienses são muito bons em seguir regras. Se é estabelecido, todo mundo cumpre”.
Com o fim de ano e as férias chegando, muitas pessoas estão programando passeios e viagens. A dica continua sendo a mesma: bom-senso. A maioria das medidas de segurança não custam nada. Enquanto não há uma vacina disponível, todos precisamos fazer a nossa parte para que a situação não fique pior e medidas mais drásticas sejam impostas nova00mente.
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