Como foi casar em Copenhague

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Foto: Camila Becker / T&TUm momento inesquecível, o casamento de Camila ocorreu na Dinamarca com a presença de alguns amigos e familiares, além de um transmissão ao vivo via Youtube para quem não conseguiu ir ao país europeu
Um momento inesquecível, o casamento de Camila ocorreu na Dinamarca com a presença de alguns amigos e familiares, além de um transmissão ao vivo via Youtube para quem não conseguiu ir ao país europeu

Desde que conheci Michiel, uma noite dessas há mais de 2 anos em Dublin nosso relacionamento nunca foi convencional. Somos um casal transcontinental que se expressa em um idioma que não é nativo de nenhum de nós dois. Passamos grande parte do nosso convívio sendo estrangeiros e adoramos a ideia de mudar e nos aventurarmos.

Diante de todas as diferenças culturais, não é fácil ser bem sucedido em um relacionamento com uma pessoa que cresceu em um país com expectativas sociais completamente diferentes das nossas, e que nunca assistiu Chaves ou Lua de Cristal – aquele marco do cinema brasileiro que pautou o meu ideal de relacionamento e me fez acreditar, por anos, que o Sérgio Mallandro era um príncipe encantado.

Mas uma vez que se cruza as barreiras da compreensão e do entendimento, é aí que a maior delas pesa: a barreira geográfica. Aquela que determina quem pode viver com quem e onde. E a vontade de viver coisas novas juntos nos fez optar pelo casamento tradicional.

Foto: Camila Becker / T&T

Decidimos nos casar na Dinamarca pois o processo além de muito rápido, sem filas de espera, é bem menos burocrático que em qualquer outro país europeu. Optamos por Copenhague por ser a capital e, por isso, termos mais entretenimento durante os dias que passaríamos por lá acompanhados de nossos convidados. Enviamos os documentos e em alguns dias já tínhamos data e hora: 20 de janeiro de 2018 às 11h.

Chegando em Copenhague, logo fomos recepcionados pelo frio local típico de janeiro, mas nada que nos fizesse ficar no hotel na primeira noite. Entre um smørrebrød (traduzido literalmente: pão com manteiga; é um prato nacional dinamarquês) e outro, fomos nos sentindo mais em casa e entendendo o sentido da palavra Hygge, que pode ser traduzida como aconchego. No país considerado um dos mais felizes do mundo e com melhor qualidade de vida, o modo de encarar os acontecimentos e adversidades do cotidiano são enraizados com o conceito Hygge.

Assim como no português temos a palavra saudade, que é intraduzível, os dinamarqueses têm o Hygge. Para alguns, uma ideia tão arraigada no sentimento de união dos dinamarqueses que para estrangeiros é muito difícil entender sua importância histórica e social. Para nós, este é o sentimento que queremos levar da Dinamarca para a vida, pra sempre.

Na manhã do dia 20 lá estávamos os dois, rodeados pelos amigos e família, levemente nervosos e com um canal do Youtube transmitindo cada momento ao vivo aos amigos e familiares no Brasil que não puderam estar presentes. A cerimônia foi rápida, bem à moda escandinava e aconteceu no City Hall de Copenhague. Celebramos com um almoço especial e um passeio de barco pelos canais da cidade partindo de Nyhavn, o cartão postal da cidade. E não é atoa que os barcos fazem parte da vida dos dinamarqueses. Isso se deve ao passado distante quando os vikings dominaram a região da atual Dinamarca graças ao seu forte conhecimento no mar e à suas habilidades como construtores de barcos.

A noite optamos por um jantar mais descontraído com os convidados seguido de uma noite pra lá de animada em meio aos dinamarqueses e turistas em um club local.

Foto: Camila Becker / T&TCamila e Michel no porto de Nyhavn
Camila e Michel no porto de Nyhavn

Uma das principais atrações de Copenhague (fora a estátua da pequena sereia que na minha opinião é superestimado) é a gliptoteca Ny Carlsberg que foi fundada a partir da coleção pessoal de arte de Carl Jacobsen, filho do fundador da cervejaria Carlsberg, reunindo uma das maiores coleções privadas de arte de seu tempo.

Apesar de ser uma das cidades mais caras da Europa (um copo de cerveja 500ml custa em torno de R$36) é uma cidade belíssima e um dos berços do design minimalista. É amplamente voltada para pessoas e o uso de bicicleta bastante incentivado. As principais ruas da cidade são somente para pedestres. E é este foco no bem estar comum, em meu ver, que faz a Dinamarca ser um dos países mais felizes do mundo por tantos anos consecutivos.

Foto: Camila Becker / T&TO belo castelo Frederiksborg é um dos cartões postais da Dinamarca
O belo castelo Frederiksborg é um dos cartões postais da Dinamarca

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