
Jurada confirmada no #SWVenancioAires, que irá ocorrer entre 25 e 27 de setembro no campus local da Unisc, Renata Masseroni tem uma ampla carreira, tanto no mercado corporativo, quanto no mundo empreendedor.
Foi fora do Brasil que ela iniciou sua vida profissional, atuando como auditora financeira e de processos. A inquietude, porém, falou mais alto. Logo, essa característica que Renata considera comum entre os empreendedores, fez com que buscasse novos desafios.
Em 2008, em parceria com Guilherme Masseroni, criava a empresa Visor, especializada em inteligência de mercado e big data. Segundo Renata, essa era uma época complicada, pois além de estarem empreendendo em um momento em que o movimento de startups ainda era incipiente no Brasil, o trabalho com big data também era desconhecido.
Foi necessário um amadurecimento como um todo do mercado, até rodarmos efetivamente a ideia.
O período de ‘incubação’, no entanto, fez com que a dupla se tornasse pioneira, junto aos profissionais da Semente Negócios, no movimento de inovação e de startups no Rio Grande do Sul.
Em paralelo a isso, Renata também acumulou a função de gerente administrativo financeiro Brasil da Campus Party. “Foi um momento bem importante, onde pude experienciar que se aprende muito na adversidade”, resume.
Segundo a profissional, todas essas experiências lhe deram bagagem para as atividades que desempenha hoje, ou, como ela mesma define, ‘levar inovação em forma de eventos que tentem não cair no lugar comum’. Atualmente, ela está à frente da Nano BizTools, ao lado de Carlos Idiart. “Acho que todos esses movimentos de startups são importantes, mas está na hora de darmos um passo a mais e trabalhar com empreendedores high level”, completa.
Hoje, um dos grandes princípios que mantém é realizar algo que, realmente, vá agregar às pessoas.
A diversão, como eu falo, as bacanices, são super legais e devem existir para dar leveza, mas é importante que tenha conteúdo. Principalmente que seja um conteúdo que não seja tão repetitivo. Tenho gostado muito de abordar novos mercados de atuação, onde o empreendedorismo ainda está tomando forma ou onde ainda existe um grande preconceito, para quebrar os paradigmas.
Renata explica que, para empreendedores mais experientes, procura trazer conceitos mais complexos, que vão muito além de criar um canvas (ferramenta que ajuda a elaborar um modelo de negócio). Ela diz que este é só o primeiro passo para se ter uma empresa. “O dia a dia da gestão exaure e a responsabilidade de fazer rodar é ainda maior. A maioria dos empreendedores sonha com um grande investimento, mas esquece das implicações que isso vai trazer para ele”, salienta.
STARTUP WEEKEND
No dia 27 de setembro, Renata Masseroni estará em Venâncio Aires. Na ocasião, ao lado de mais dois nomes, será jurada do Startup Weekend. E esse evento de empreendedorismo e inovação, considerado um dos mais impactantes no mundo, proporciona boas reflexões sobre as mulheres nesse ambiente.
Renata lembra que o público feminino, naturalmente, teve uma educação diferente dos homens. Ou seja, as mulheres foram educadas para se posicionarem de forma suave, para cuidarem o que falam e para não se exporem.
Em um universo de startups o princípio básico é se expor! Expor as ideias, apresentar pitch, encarar validações no mercado, investidores e negociações que nem sempre são amistosas. Acredito que isso tenha sido um dos fatores que fizeram com que nós, mulheres, demorássemos mais a aderir a esse movimento. Ainda bem isso está mudando e cada vez mais vejo mulheres em SW’s.
Renata enfatiza que a cultura tem mudado, e que hoje deixou de ser a única mulher presente em eventos de empreendedorismo, para ser mais uma que atua nesse mercado. Mas, mesmo que o assunto venha à tona, em termos de negócios, ela diz que não vê diferença entre homens e mulheres, pois independente do gênero, as dificuldades são as mesmas.
Gosto de ver o movimento feminino empreendedor se consolidando, mas quando avalio algum projeto isso não existe, seria uma forma de sexismo que não concordo. No âmbito das startups, independente do sexo, o importante é o valor do negócio para a sociedade. Se o cliente compra, então é isso que importa.